Caçadores furtivos matam uma girafa branca e sua cria e só resta agora um exemplar no mundo

Uma das únicas girafas brancas no mundo e sua cria morreram nas mãos de caçadores furtivos no Quênia, assinalou nesta terça-feira o Centro Comunitário de Conservação Ishaqbini Hirola, na localidade de Ijara, onde viviam os animais. A majestosa dupla começou a mostrar a cara timidamente em meados de 2017, quando um guarda florestal alertou para o fato de que estas aparições colocavam a dupla na mira de caçadores furtivos e que a cor de sua pele poderia transformá-la em troféu.

- "É um dia muito triste para a comunidade de Ijara e do Quênia em seu conjunto. Seu assassinato é um golpe nos passos dados pela comunidade para conservar espécies raras e únicas e uma chamada de atenção para o apoio constante dos esforços de conservação", afirmou Mohammed Ahmednoor, gerente do centro.

Depois da morte de ambas as girafas, supostamente resta apenas um exemplar desta espécie no mundo, Omo, também leucístico avistado algumas vezes no parque nacional Tarangire, na Zâmbia. Ocorre que ele não é visto faz um par de anos e os guardas locais não descartam a possibilidade de que já tenha sido abatido por um caçador ou por um predador, já que sua cor distinta dificulta sua camuflagem no meio da savana.

As girafas em questão possuem uma estranha particularidade genética chamada leucismo, que inibe a pigmentação nas células da pele. Mas diferente do albinismo, os animais com leucismo não deixam de produzir melanina em seus tecidos macios, pelo que não perdem a coloração dos olhos e outras partes corporais.

De acordo com os dados da Fundação para a vida silvestre na África, 40% da população de girafas foi exterminada durante os últimos 30 anos devido à caça furtiva, para comercializar sua pele ou carne.