Grupo de drones colhem maçãs escolhendo automaticamente as que estão maduras

Em um mundo no qual cada vez há mais demanda de frutas e menos colhedores dispostos a aceitar os baixos salários do setor, uma empresa israelense propõe usar enxames de drones autônomos para coletar a colheita. A Tevel se vende abertamente como uma solução tecnológica para poupar custos aos fruticultores, deixando de pagar os salários, o transporte, a moradia e os vistos dos trabalhadores de temporada. Segundo a companhia, a escassez de coletores faz que mais de 10% das frutas de todo mundo -o equivalente ao consumo anual da União Européia- não seja colhida.

A coleta de frutas é, afinal de contas, um trabalho mau pago, estacional, repetitivo e com poucas perspectivas de progresso. Aqui é onde entram em jogo os robôs. Neste caso, enxames de drones programados para detectar e classificar frutas, como as maçãs, por seu tamanho e maturidade.

Muitas das tecnologias que implementam estes drones são um padrão da indústria: algoritmos para evitar obstáculos, calcular a trajetória e manter o equilíbrio, bem como algoritmos de visão por computador treinados com inteligência artificial para selecionar a fruta. Mas estes drones também estão equipados com braços robóticos para colher a fruta das árvores e soltar em um espaço designado.

Os drones, que podem ser alugados para cada colheita, estão ligados por cabo a um robô central que serve como fonte de alimentação, bem como à nuvem, para que o agricultor possa gerenciar com um aplicativo. A companhia realizou um teste piloto em um pomar de macieiras da empresa italiana Rivoira.

- "Trabalhamos sem parar durante cinco semanas. Todas as noites, tinha dois contêineres, um de nosso lado e outro do lado dos coletores manuais", disse Yaniv Maor, o fundador de Tevel. - "Na metade do teste éramos inclusive melhores que os coletores humanos."