Como 27 países enviaram à Ucrânia mais de US$ 1 bilhão em armas e suprimentos em uma semana

Dentro de 24 horas da invasão da Rússia, Lituânia, Polônia, França, Estônia e Estados Unidos anunciaram ajuda militar para a Ucrânia. Foi o início de uma enxurrada de suprimentos militares enviados para a Ucrânia apenas na primeira semana da guerra. Biden aprovou US$ 350 milhões em ajuda militar. Essa se tornou a maior transferência de armas de armazéns dos EUA para outro país. Outros carregamentos quebraram as tradições de longa data dos países de não enviar armas para zonas de guerra ativas. Especialistas dizem que armas como NLAWs e mísseis Javelin podem fazer a diferença na guerra.

A Alemanha já havia se recusado a enviar ajuda letal à Ucrânia, oferecendo 5.000 capacetes em uma medida que atraiu fortes críticas. Mas apenas dois dias após a invasão da Rússia, Berlim inverteu o curso para enviar 1.000 armas antitanque e 500 mísseis terra-ar.

Pela primeira vez na sua história, a União Europeia financiou e comprou armas para um país fora das suas fronteiras. No final da primeira semana, os EUA e a OTAN enviaram mais de 17.000 armas antitanque. Parte do que a UE e os EUA enviaram são armas mais novas, como mísseis Javelin e Stinger. Mas grande parte do equipamento militar enviado pelos países europeus são armas mais antigas da era soviética.

Mas resta saber se a ajuda militar por si só pode mudar a maré. O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy pediu à OTAN uma zona de exclusão aérea, algo que a OTAN rejeitou. Para impor uma zona de exclusão aérea, a OTAN teria que atirar em aviões russos que violassem a zona. A OTAN também precisaria destruir as defesas antimísseis terra-ar russas no solo. Tudo isso poderia arriscar uma guerra mais ampla com a Rússia.

Fala-se muito da resiliência da Ucrânia, mas a questão permanece se ela pode enfrentar a Rússia sozinha, mesmo com todo esse poder de fogo extra.