Animação hipnotizante reimagina a teoria da sopa primordial

Em uma animação etérea do artista londrino da geração de imagens por computação gráfica, Markos Kay, um mundo misterioso parece em processo de formação. O curta-metragem "aBiogenesis" reimagina a origem da vida em uma representação hipnotizante da hipótese do mundo lipídico: uma teoria que sugere que os primeiros objetos auto-replicantes semelhantes a células eram compostos de um tipo de ácido graxo que não podia se dissolver na água. A hipótese postula que os lipídios podem ter se formado em bicamadas generativas nos oceanos.

- "Essas bicamadas teriam agido como minúsculas bolhas ou sacos, envolvendo e protegendo as reações químicas que eventualmente dariam origem à vida", diz ele.

Markos concentrou-se na interseção da arte e da ciência em sua prática, utilizando ferramentas digitais para visualizar fenômenos biológicos ou primordiais. "aBiogenesis" focaliza uma lente microscópica em protocélulas, vesículas e espuma primordial imaginadas que se retorcem e oscilam em várias formas.

A sopa primordial, também conhecida como sopa ou caldo prebiótico, é o conjunto hipotético de condições presentes na Terra por volta de 3,7 a 4,0 bilhões de anos atrás.

É um aspecto da teoria heterotrófica -também conhecida como hipótese de Oparin-Haldane- sobre a origem da vida, proposta pela primeira vez por Alexander Oparin em 1924 e JBS Haldane em 1929.

Conforme formulado por Oparin, nas camadas superficiais da Terra primitiva, carbono , hidrogênio, vapor de água e amônia reagiram para formar os primeiros compostos orgânicos.

O conceito de uma sopa primordial ganhou credibilidade em 1953, quando o "experimento Miller-Urey" usou uma mistura altamente reduzida de gases, como metano, amônia e hidrogênio, para formar monômeros orgânicos básicos, como aminoácidos.