Youtuber que derrubou seu avião de propósito se declara culpado e pode pegar 20 anos de prisão

Trevor Jacob, o YouTuber de 29 anos que derrubou um pequeno avião fingindo ter sido um acidente só para ganhar likes, concordou em se declarar culpado do crime de obstrução da justiça e agora enfrentará uma sentença máxima de 20 anos de prisão. Trevor é um experiente piloto e paraquedista que em dezembro de 2021 postou um vídeo com a legenda "Eu bati meu avião". Usando a desculpa de espalhar as cinzas de seu melhor amigo, ele conectou várias câmeras a um monomotor Taylorcraft de 1940 e voou para as montanhas de Sierra Nevada, na Califórnia, onde fingiu que o motor havia falhado.

Ex-atleta olímpico da equipe de snowboard dos Estados Unidos, Jacob saltou do avião e caiu de paraquedas em um arbusto. Então caminhou até o local onde o avião caiu para recuperar as câmeras. Tudo foi documentado em um vídeo que ainda está disponível e acumula mais de três milhões de visualizações no YouTube.

Dois dias após o incidente, a Administração Federal de Aviação dos EUA abriu uma investigação. De acordo com a Procuradoria dos EUA, Trevor mentiu para os investigadores que não sabia a localização do avião, mas o próprio e um amigo levaram um helicóptero até os destroços, amarraram-no e o levaram para um hangar, onde foram cortados, destruídos e depositados em diferentes recipientes.

Trevor agora admite sua culpa e explica que pretendia ganhar dinheiro no YouTube. Ele havia fechado um acordo com uma empresa para promover diversos produtos no vídeo. O youtuber admite ainda que mentiu ao dizer que o motor do avião havia morrido e que não havia identificado nenhuma opção para um pouso seguro.

O vídeo imediatamente levantou suspeitas, e o youtuber Scooby1961 voou para a área do incidente para provar que era falso. Ele demonstrou que daquela localização dava para chegar planando sem problemas até o aeroporto mais próximo.

A FAA revogou sua licença de voo em abril de 2022. Agora, os promotores dizem que ele enfrenta uma sentença estatutária máxima de 20 anos em prisão federal.