Agências invocam fotos icônicas da guerra pedindo que jornalistas ocidentais entrem em Gaza

Agências de notícias como a BBC, a AFP, a AP e a Reuters colaboraram em um vídeo que usa fotos impactantes de conflitos passados para exigir acesso a Gaza. A imagem de uma criança queimada por napalm trouxe à tona o horror da Guerra do Vietnã, diz o narrador David Dimbelby em referência a fotogradia icônica e horrorosa da " Garota Napalm", tirada por Nick Ut. Também se refere a imagens do desembarque do Dia D, onde fotógrafos como Robert Capa estavam presentes.

Fotografias da fome na Etiópia, a foto do "Homem do Tanque" na Praça da Paz Celestial, o genocídio de Ruanda, a foto do garotinho sírio que apareceu em uma praia turca em 2015 e a guerra na Ucrânia, todas elas foram criadoras de consciência da desnecessidade da guerra para a opinião pública

Desde que Israel iniciou seus ataques a Gaza após o massacre de 7 de outubro, a mídia internacional teve acesso extremamente limitado e, recentemente, nenhum jornalista ocidental foi autorizado a entrar.

Como a BBC menciona, isso significa que o trabalho de documentar a guerra tem sido liderado exclusivamente por fotógrafos palestinos. Isso é repleto de problemas, pois eles têm sido frequentemente acusados de serem partidários ou até mesmo de estarem ligados ao próprio Hamas.

- "Como jornalistas, registramos o primeiro rascunho da história. Mas, neste conflito, a cobertura jornalística recai apenas sobre um pequeno número de jornalistas palestinos, que estão pagando um preço terrível", afirmou Deborah Turness, CEO da BBC News.

Já se passaram quase dois anos desde 7 de outubro, quando o mundo testemunhou as atrocidades do Hamas. Desde então, uma guerra assola Gaza, mas jornalistas internacionais não têm permissão para entrar.

O vídeo feito pela BBC e coassinado por três outras grandes agências estreou em Nova York na quarta-feira, 24 de setembro, em um evento organizado pelo Comitê para a Proteção de Jornalistas, para coincidir com a Assembleia Geral das Nações Unidas.