Uma nova espécie no zoo de Bristol

O Zôo de Bristol é um magnífico zoológico da época vitoriana do Reino Unido. Fundado em 1836, se destaca pela enorme variedade de espécies animais (419) que habitam em suas instalações. Recentemente foi acrescentado uma nova espécie a a sua longa lista com uma singular descrição em uma placa informativa, possivelmente escrita por Banksy -um popular e enigmático artista inglês- que diz mais ou menos assim:

"A nova espécie exposta é uma das mais espalhadas em todo mundo, presente em todos os continentes.

Após um período de gestação de nove meses, as crianças normalmente vivem no ninho dos progenitores até os 18 anos chegando inclusive aos 35 ou mais. Enquanto os pais estão fora em busca de alimentos, os jovens são cuidados em grandes grupos por outros adultos.

Os filhotes na época da adolescência, adotam um estilo de vida mais noturno, participando em atividades onde bebem líquidos fermentados. Nesse mesmo período de busca do primeiro parceiro para acasalar, a descendência realiza rituais onde dançam ao ritmo de estridentes sons. Os cientistas opinam que estes rituais iniciais podem ajudá-los a encontrar uma amiga ou parceira.

Este espécime é capaz de adotar outros animais, especialmente o canis lupus familiaris e o felis catus.

A dieta alimentar desta espécie animal, do gênero Homo é muito adaptável às diferentes variedades de cultivos regionais e gostos pessoais. Alguns grupos inclusive, são capazes de viver quase exclusivamente de batatas fritas e bebidas açucaradas.

Estes grupos de feras com freqüência são alimentados por outras sem relação alguma, em troca de papéis, metais ou plásticos. Este comportamento pode ser observado diariamente em um setor do zôo. Por detrás de vitrais dá para ver estas criaturas comendo juntos em pequenos grupos familiares:

A população deste perigoso animal aumenta todos os dias em aproximadamente 200.000 novos indivíduos. Pelo menos por enquanto não é considerado em perigo de extinção".

Esta espécie tão singular é o Homo sapiens e ainda que pareça mentira não é a primeira vez que aparece exposto em um zoológico. Aqui no MDig já contamos uma história sem igual, é a história de um pigmeu trazido da África, Ota Benga, que ficou preso entre dois mundos: não podia regressar a sua África natal e era visto como uma mera curiosidade bizarra nos Estados Unidos. Em 20 de março de 1910 com apenas 32 anos, dançou um ritual tribal e fez um disparo diretamente no coração com uma pistola roubado.