Famosos, subcelebridades, políticos, blogueiros, youtubers, entre outros, descobriram uma forma infalível de ganhar projeção rápida na atualidade. Como? Falando besteira, se metendo em polêmicas, criticando o Sílvio Santos e mais um monte de atitudes cheias de lacração, que se baseiam no princípio: "Falem mal, mas falem de mim!". Sobretudo porque, nesse mundo polarizado que vivemos hoje, se há quem critique, tem um outro bando que apóia.

Em sua série #CelesteChallengeAccepted no Instagram, a comediante australiana Celeste Barber recria selfies de celebridades, mas com um toque mais realista e convida outras pessoas a fazerem também. Contorcendo-se em poses de top models e estrelas do tapete vermelho, ela revela o absurdo das fachadas dos famosos em suas fotos "diferentonas". No início deste ano, Celeste atraiu um contingente impressionante de seguidores depois que algumas dessas fotos viralizaram nas mídias sociais, mas o número, desde então, disparou para meio milhão.

Em uma cultura obcecada pelas celebridades, às vezes não nos damos conta do quão ridículo que é o culto à imagem. As celebridades fazem qualquer coisa para capitalizar sua imagem e os fãs, abobados, rendem tributo e desejam imitar as estrelas sem perceber que algumas poses e atitudes são completamente irreais ou absurdas. É algo bem como um estado de hipnose em massa. Estas imagens bizarras não passaram despercebidas pela comediante Celeste Barber. Em sua longa série #CelesteChallengeAccepted, ela aponta a estupidez de algumas dessas fotos.

Essa cultura de massa, deslumbrada com a autoimagem, que é preconizada nas redes sociais, nos permite inferir que muitos dão mais preferência a uma fotografia de uma subcelebridade fazendo quaisquer poses kitsch do que um bom editorial sobre história ou um revelador artigo científico. Nesse sentido, os famosos (e os que querem pelo menos os seus 5 minutos) fazem de tudo para capitalizar sua imagem na rede, para que possam sentir o regozijo de assenhorar-se do maior rebanho de seguidores possíveis.