Arqueólogos gregos estão pedindo à Unesco que proteja a Hagia Sophia, o local religioso e cultural em Istambul, na Turquia, que tem quase 1.500 anos. A Grande Mesquita de Santa Sofia, um dos locais turísticos mais populares da Turquia, é Patrimônio Mundial da Unesco desde 1985. No entanto, nos últimos anos, o edifício da era bizantina sofreu um aumento substancial de vandalismo e danos. Sem contar que desde 2020, ela perdeu seu status de museu, permitindo que fosse usada como uma mesquita.

No ano passado, quando o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan anunciou que Hagia Sophia seria reconvertida em uma mesquita, ele garantiu a uma preocupada UNESCO que as mudanças na antiga catedral de 1.500 anos transformada em mesquita "não teriam impacto negativo" em seu status como Patrimônio Mundial. - "Um estado deve se certificar de que nenhuma modificação prejudique o valor universal excepcional de um local listado em seu território, disse o órgão. Apesar das afirmações em contrário, o valor universal do local parece ter sido minado.

Dizem que se as paredes pudessem falar, cada edifício teria uma história para contar. Poucos contariam tantas histórias tão fascinantes e com tantas vozes diferentes, como Hagia Sophia ou Santa Sofia, um dos locais turísticos mais populares da Turquia, e Patrimônio Mundial da Unesco desde 1985. Situada na encruzilhada de continentes e culturas, ela presenciou grandes mudanças, desde o nome da cidade onde está localizada à sua própria estrutura e destinação. Hoje, os elementos de cada era podem contar suas histórias a qualquer visitante disposto a ouvi-las.

A história diz que o Império Romano entrou em declínio no século 5 d.C. Mas essa informação surpreenderia os milhões de pessoas que viveram no Império Romano durante a Idade Média. Esse Império Romano medieval, que hoje chamamos de Império Bizantino, foi criado em 330 d.C.. Foi então que Constantino, o primeiro imperador cristão, moveu a capital do Império Romano para uma nova cidade, Constantinopla, fundada no local da antiga cidade grega de Bizâncio. Quando os visigodos saquearam Roma em 410, a capital oriental de Constantino serviu como sede dos imperadores romanos.

Os gregos antigos não viviam entre ruínas. Esta é, sem dúvida, uma verdade óbvia, mas corremos o risco de esquecer se assistirmos a muitas fantasias históricas definidas em seu tempo e lugar como popularmente imaginado. A civilização ocidental veio a conhecer a Grécia Antiga através dos ambientes devastados deixados para trás e descoloriu sua percepção moderna, ou melhor, drenou sua cor. Mas efetivamente tudo indica que no auge da civilização grega tudo era muito colorido.