Quem já teve a infelicidade de quebrar um ovo choco no prato ou na frigideira sabe que aquele cheiro vomitável o acompanhará pelo resto de sua vida. Agora pense então em um campeonato cujo objetivo é comer o maior número de ovos de pato chocos em cinco minutos. Pois esta coisa bizarra aconteceu no último sábado (25/08) em Nova Iorque, cujo ganhador consumiu 18 ovos de pato durante os cronometrados cinco minutos. Aviso: não recomendado para estômagos sensíveis.

O Shedd Aquarium em Chicago compartilhou imagens maravilhosas de dois chocos coloridos em tons vívidos se envolvendo debaixo d'água. O par de cefalópodes também exibiu sua incrível capacidade de mudar de cor dependendo do humor. Por que eles piscam cores assim? Alguém poderia pensar que é uma espécie de dança de acasalamento, ou talvez um desafio para lutar contra outros chocos por território. Mas não é bem isso. Os chocos mudam de cores e às vezes de forma, por dois motivos. O primeiro é se mimetizar com o fundo marinho para que não sejam notados e possam mais facilmente atacar suas presas.

Você conhece aqueles cães cujas patas traseiras não funcionam, mas se deslocam em uma cadeira de rodas, puxando-se com as duas patas dianteiras? É assim que o choco-extravagante (Metasepia pfefferi), também conhecido como choco-flamboiã, se comporta. Se a gente assumisse que os chocos nadam pelo oceano como lulas, polvos e nautilus, estaria quase certo, mas em muito raras ocasiões encontramos uma espécie que prefere atravessar o fundo do mar, usando suas nadadeiras dianteiras para se apoiar nas saliências e fendas. A carne deste cefalópode colorido contém ácidos únicos, tornando-o impróprio para consumo.

Quando a gente pensa que o documentário "Blue Planet II" da BBC Earth já não poderá mais nos surpreender, eles vão lá e elevam ainda mais o nível de suas filmagens. O seguinte extrato que dá contexto a este artigo mostra como os chocos, além de usarem camuflagem para se aproximarem furtivamente da presa, lançam várias cores e ondas de luz em direção a ela, aparentemente para hipnotizá-la. Eles então atacam com seus tentáculos de alimentação e puxam a presa em direção a suas bocas bicudas.

Tal como acontece com os verdadeiros camaleões, os chocos, também conhecidos como sépias, são por vezes referidos como "camaleões do mar" devido à sua capacidade de alterar rapidamente a cor da pele de um segundo para o outro. Os chocos mudam de cor e padrão, incluindo a polarização das ondas de luz refletidas, e o formato da pele para se comunicar com outros chocos, para se camuflar e como uma exibição deimática para alertar possíveis predadores. Sob algumas circunstâncias, o choco pode ser treinado para mudar de cor em resposta a estímulos, indicando assim que sua mudança não é completamente inata.

O estreito entre a ilha de Lembeh e Celebes continental, na Indonésia, tem algumas das mais estranhas e únicas formas de vida marinha do planeta. É como o cenário de uma fantasia extrema de ficção científica. A mais grotesca das criaturas: vermes cegos de 3 metros de comprimento com mandíbulas afiadas, seres que se comunicam usando sinais de luz que não podemos replicar, com corpos incrivelmente projetados e habilidades ópticas com as quais a ciência ainda está aprendendo. Horríveis monstros em miniatura que atacam impiedosamente qualquer coisa que se desvie ao seu alcance.

Os chocos, também conhecidos como sépias, possuem uma capacidade de camuflagem extremamente complexa devido as suas gamas incríveis de cores propiciadas pelos cromatóforos. Pesquisadores da Universidade de Ryukus, no Japão, observaram esses moluscos cefalópodes marinhos imitando caranguejos eremitas. A incrível capacidade do choco-faraó (Sepia pharaonis) de mudar de cor e forma fica bem explícita neste vídeo de laboratório compartilhado pela Nat Geo.

O premiado diretor de fotografia subaquática Jarrod Boord registrou imagens absolutamente impressionantes de um choco (sépia) vigilante que guardava de perto os ovos vulneráveis que estavam dependurados em segurança debaixo de uma rocha. A iridescência colorida deste molusco marinho brilhou intensamente com todos os seus movimentos.

Ontem, no vídeo do valentão do metrô que virou mocinha, lemos alguns comentários sobre a desnecessário uso da violência. É verdade, gente inteligente resolve suas diferenças com diálogo. Brigar é muito feio e geralmente me choco quando vejo uma briga, principalmente entre mulheres, mas também rio quando é um barraco como mostrado neste vídeo onde duas "cuzidas" se pegam no tapa no meio da rua. Uma delas até ensaia movimentos de lutas marciais.

Alguns animais são capazes de mudar suas cores com diferentes graus de transformação. Esta pode ser uma camuflagem sazonal muito gradual (queda de pêlos ou penas), ocorrendo apenas duas vezes por ano. Em outros animais, mudanças mais rápidas podem ser uma forma de camuflagem ativa, ou de sinalização. Todos esses têm uma coisa em comum: são ectotérmicos, ou seja, animais que não conseguem gerar seu próprio calor corporal da mesma forma que mamíferos e aves. Isso se deve ao fato de que apenas os ectotérmicos possuem células especializadas que permitem a mudança de cor.