Os chocos, também conhecidos como sépias, possuem uma capacidade de camuflagem extremamente complexa devido as suas gamas incríveis de cores propiciadas pelos cromatóforos. Pesquisadores da Universidade de Ryukus, no Japão, observaram esses moluscos cefalópodes marinhos imitando caranguejos eremitas. A incrível capacidade do choco-faraó (Sepia pharaonis) de mudar de cor e forma fica bem explícita neste vídeo de laboratório compartilhado pela Nat Geo.

Quando os cientistas Trevor Wardill e Paloma Gonzalez decidiram dotar de óculos 3D um grupo de chocos para estudar sua visão, seus colegas pensaram que não ia funcionar, que eventualmente arrancariam os óculos e encheriam o tanque de tinta. Mas ainda assim, seguiram adiante. O experimento ocorreu no Laboratório de Biologia Marinha de Woods Hole, em Massachusetts, nos EUA. Trevor e Paloma queriam saber se os chocos desenvolveram estereopse, a capacidade do cérebro de calcular a profundidade ou a distância de um objeto comparando o que vê um olho com o que vê o outro.

O Shedd Aquarium em Chicago compartilhou imagens maravilhosas de dois chocos coloridos em tons vívidos se envolvendo debaixo d'água. O par de cefalópodes também exibiu sua incrível capacidade de mudar de cor dependendo do humor. Por que eles piscam cores assim? Alguém poderia pensar que é uma espécie de dança de acasalamento, ou talvez um desafio para lutar contra outros chocos por território. Mas não é bem isso. Os chocos mudam de cores e às vezes de forma, por dois motivos. O primeiro é se mimetizar com o fundo marinho para que não sejam notados e possam mais facilmente atacar suas presas.

Tal como acontece com os verdadeiros camaleões, os chocos, também conhecidos como sépias, são por vezes referidos como "camaleões do mar" devido à sua capacidade de alterar rapidamente a cor da pele de um segundo para o outro. Os chocos mudam de cor e padrão, incluindo a polarização das ondas de luz refletidas, e o formato da pele para se comunicar com outros chocos, para se camuflar e como uma exibição deimática para alertar possíveis predadores. Sob algumas circunstâncias, o choco pode ser treinado para mudar de cor em resposta a estímulos, indicando assim que sua mudança não é completamente inata.

Quem já teve a infelicidade de quebrar um ovo choco no prato ou na frigideira sabe que aquele cheiro vomitável o acompanhará pelo resto de sua vida. Agora pense então em um campeonato cujo objetivo é comer o maior número de ovos de pato chocos em cinco minutos. Pois esta coisa bizarra aconteceu no último sábado (25/08) em Nova Iorque, cujo ganhador consumiu 18 ovos de pato durante os cronometrados cinco minutos. Aviso: não recomendado para estômagos sensíveis.

Alguns animais são capazes de mudar suas cores com diferentes graus de transformação. Esta pode ser uma camuflagem sazonal muito gradual (queda de pêlos ou penas), ocorrendo apenas duas vezes por ano. Em outros animais, mudanças mais rápidas podem ser uma forma de camuflagem ativa, ou de sinalização. Todos esses têm uma coisa em comum: são ectotérmicos, ou seja, animais que não conseguem gerar seu próprio calor corporal da mesma forma que mamíferos e aves. Isso se deve ao fato de que apenas os ectotérmicos possuem células especializadas que permitem a mudança de cor.

Esta mariposa, Macrocilix maia levou a camuflagem a um nível diferente: ela tem um mural fotorrealista nas costas, 2 moscas-de-olhos-vermelhos comendo guano de pássaro. Uma cena associada a uma doença potencial, um risco melhor evitado pelos predadores. Dá até para ver a luz refletida nas asas das moscas, cujas espécies depositam larvas eclodidas ou incubadas em feridas abertas de mamíferos, daí seu nome comum, mosca-da-carne, e causam infestações de vermes em animais vivos. Elas também podem transportar bacilos da lepra. Ademais essa mariposa tem um odor pungente horrível.

Quando a gente pensa que o documentário "Blue Planet II" da BBC Earth já não poderá mais nos surpreender, eles vão lá e elevam ainda mais o nível de suas filmagens. O seguinte extrato que dá contexto a este artigo mostra como os chocos, além de usarem camuflagem para se aproximarem furtivamente da presa, lançam várias cores e ondas de luz em direção a ela, aparentemente para hipnotizá-la. Eles então atacam com seus tentáculos de alimentação e puxam a presa em direção a suas bocas bicudas.

Alguns meses atrás, Keir Moffatt entrou em um concurso no Facebook, que simplesmente que os internautas deixassem um comentário oferecendo dicas para melhorar o cotidiano em casa, e sua dica foi a mais curtida, dando lhe o direito a um prêmio de 150 dólares em presentes em uma loja da Apple. A indicação de Keir, em realidade, era bem simples, mais bastante proveitosa, a não ser que você seja um dorminhoco:

Para entender o quão incrível é o vídeom que ilustra este post, você só precisa assisti-lo. Começa de maneira perfeitamente incomum com um mergulhador nadando sobre o que parece ser um pedaço normal e vazio de coral nas águas cristalinas do Caribe. Não há vida selvagem para ver ali... ao que parece. Mas então, quando ele se aproxima para inspecionar uma concha, um polvo se materializa bem à sua frente, erguendo-se do coral como um smurf azul luminoso, pulsante e raivoso. Mesmo depois de assisti-lo repetidamente, ainda lutamos para localizar seu esconderijo camuflado antes que decida se mostrar.