![]() | Um monte de coisas aparentemente insignificantes se juntam e fazem coisas inteligentes. Parece impossível, mas você conhece o ditado "o todo é maior que a soma das partes". Seu cérebro é composto de células que, individualmente, não têm muito valor, mas juntas formam um cérebro capaz de pensar.Na realidade, existem muitos exemplos assim: proteínas se combinam para formar células vivas, células formam organismos, formigas se reúnem para formar uma colônia que funciona de maneira muito unificada e lhes permite construir estruturas excepcionalmente complexas. |

E até mesmo bactérias, quando se juntam, podem formar biofilmes com mecanismos de defesa coletiva. Os cientistas chamam esse fenômeno de emergência, e é sem dúvida um processo fascinante e repleto de mistérios.
Um exemplo prático do fenômeno é o computador, tablet ou smartphone com, o qual voce esta lendo este post. Dentro desse dispositivo existe um microchip composto por milhões de transistores.
Cada transistor individual é algo muito simples: um componente eletrônico que controla o fluxo de corrente entre seus terminais com base na tensão aplicada, permitindo emular uma porta lógica que recebe uma ou duas entradas e produz uma saída com base no estado das entradas (1 ou 0)
Um único transistor só tem aplicação ´prática em circuitos eletrônicos, mas no âbito de nosso dispositivo ele é praticamente inútil. Mas junte algumas dezenas de milhares deles e a coisa começa a ficar interessante, já podemos enviar um foguete à Lua e trazê-lo de volta.
Os milhões que você tem em mãos podem se conectar sem fio à internet, executar softwares de escritório, enviar e-mails, reproduzir filmes e músicas, jogar videogames fotorrealistas ou jogar xadrez com um nível de habilidade muito superior ao de qualquer ser humano.
Mesmo assim, é ordens de magnitude menos poderoso que o seu cérebro. E embora escrevamos software há pouco menos de 200 anos, o software no cérebro humano vem evoluindo há bilhões de anos.
Temos uma grande vantagem em computadores, mas nossas mentes ainda são apenas algoritmos rodando em um computador de rede neural muito, muito complexo.
Já a "emergência" nem sempre se aplica a um grande grupo de sewres humanos. Conhecida como "sabedoria das multidões", o pensamento de grupo leva as pessoas a tomarem decisões equivocadas.
Na década de 1950, o psicólogo de Harvard, Solomon Asch, demonstrou que as pessoas frequentemente adotam a visão da maioria, mesmo quando esta é obviamente errada, e mesmo quando têm de negar os seus próprios sentidos.
Na mesma década, Read Tuddenham, na Universidade da Califórnia, descobriu que os seus alunos davam respostas absurdas a perguntas simples, afirmando, por exemplo, que os bebés do sexo masculino têm uma esperança de vida de 25 anos, quando pensavam que outros tinham respondido da mesma forma.
A conformidade de grupo contrasta fortemente com o efeito da "emergência", segundo o qual a agregação das opiniões de um grande número de pessoas fornece respostas ou previsões mais precisas do que as de qualquer indivíduo.
Isso ocorre apenas quando os membros de uma multidão fazem seus julgamentos independentemente uns dos outros, e é mais eficaz quando a multidão é diversa. Em grupos coesos, por outro lado, onde os membros compartilham uma identidade, o desejo de unidade se sobrepõe a tudo.
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