
Cerca de 73 milhões de brasileiros sofrem de insônia, segundo a Associação Brasileira do Sono (ABS). Outros estudos indicam que mais de 70% dos brasileiros têm algum tipo de distúrbio do sono, o que inclui a insônia crônica, a apneia do sono e a síndrome das pernas inquietas.
Quase tudo pode causar uma noite inquieta ocasionalmente, um parceiro que ronca, dor física ou sofrimento emocional.
E a privação extrema de sono, como o jet lag, pode desregular seu relógio biológico, causando estragos em seu padrão de sono. Mas, na maioria dos casos, a privação de sono é de curto prazo. Eventualmente, o cansaço acaba por atingir a todos nós.
No entanto, algumas condições crônicas, como distúrbios respiratórios, problemas gastrointestinais e muitas outras, podem superar a fadiga. E, à medida que as noites sem dormir se acumulam, o quarto pode começar a ser associado a noites inquietas e repletas de ansiedade.
Na hora de dormir, os insones estão estressados. Tão estressados que seus cérebros sequestram o sistema de resposta ao estresse, inundando o corpo com substâncias químicas de luta, fuga ou congelamento.
O cortisol e os hormônios adrenocorticotróficos percorrem a corrente sanguínea, aumentando a frequência cardíaca e a pressão arterial, e levando o corpo a um estado de hiperativação.
Nessa condição, o cérebro está à procura de ameaças potenciais, tornando impossível ignorar qualquer leve desconforto ou ruído noturno.
E quando os insones finalmente conseguem dormir, a qualidade do seu descanso fica comprometida.
A principal fonte de energia do nosso cérebro é a glicose cerebral e, em um sono saudável, nosso metabolismo desacelera para conservar essa glicose para as horas de vigília.
Mas estudos com Tomografia por Emissão de Pósitrons (TEP) mostram que a adrenalina que impede o sono em pessoas com insônia também acelera o metabolismo delas. Enquanto dormem, seus corpos trabalham em excesso, consumindo a reserva de glicose, a fonte de energia do cérebro.
Esse sintoma de sono ruim faz com que as pessoas com insônia acordem em um estado de exaustão, confusão e estresse, o que reinicia todo o processo.
Quando esses ciclos de estresse e inquietação duram vários meses, o diagnóstico é de insônia crônica.
E embora a insônia raramente leve à morte, seus mecanismos químicos são semelhantes aos ataques de ansiedade encontrados em pessoas que sofrem de depressão e ansiedade.
Portanto, sofrer de qualquer uma dessas condições aumenta o risco de desenvolver as outras duas. Felizmente, existem maneiras de quebrar o ciclo da insônia.
Controlar o estresse que leva à hiperativação é um dos tratamentos mais bem compreendidos para a insônia, e bons hábitos de sono podem ajudar a reconstruir sua relação com a hora de dormir.
Certifique-se de que seu quarto esteja escuro e agradavelmente fresco para minimizar as "ameaças" durante a hiperativação. Use sua cama apenas para dormir e, se estiver inquieto, saia do quarto e se canse com atividades relaxantes, como ler, meditar ou escrever em um diário.
Regule seu metabolismo estabelecendo horários consistentes para dormir e acordar, ajudando a orientar o ciclo circadiano do seu corpo.
Esse relógio também é sensível à luz, portanto, evite luzes fortes à noite para ajudar seu corpo a entender que é hora de dormir.
Além dessas práticas, alguns médicos prescrevem medicamentos para ajudar a dormir, mas não existem medicamentos confiáveis que funcionem em todos os casos. E os remédios para dormir vendidos sem receita podem ser altamente viciantes, levando à síndrome de abstinência, que piora os sintomas.
Mas antes de procurar qualquer tratamento, certifique-se de que sua insônia seja realmente causada por ela.
Aproximadamente 8% dos pacientes diagnosticados com insônia crônica sofrem, na verdade, de um problema genético menos comum chamado transtorno da fase do sono atrasada.
Pessoas comeste transtorno têm um ritmo circadiano significativamente mais longo que 24 horas, o que faz com que seus hábitos de sono fiquem dessincronizados com os horários tradicionais de sono. Portanto, embora tenham dificuldade em adormecer na hora habitual, isso não se deve ao aumento do estresse.
E, se tiverem a oportunidade, podem dormir confortavelmente em seu próprio horário, com atrasos.
Nosso ciclo de sono e vigília é um equilíbrio delicado e vital para o nosso bem-estar físico e mental.
Por todos esses motivos, vale a pena investir tempo e esforço para manter uma rotina estável na hora de dormir, mas tente não perder o sono por causa disso.
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