Com a beleza transbordante da Toscana, onipresente e multitemática, não se sabe por onde começar: natureza, paisagem, história, arte, turismo, gastronomia... Há tanto nessa região italiana que não só nunca iremos visitá-los, mas também nunca saberemos sobre eles. Um desses tesouros semi-desconhecidos está escondido na cidade de Leccio, na província de Florença: o Castelo Sammezzano. É um lugar que formalmente rompe um pouco com aquele Renascimento que protagoniza esteticamente, de forma quase absoluta, a arquitetura da região.

Você já viu uma escultura tão realista que ficou convencido de que tinham de repente se movido enquanto você estava olhando? Se não, então você definitivamente precisa ver as obras deste artista incrivelmente talentosa cujo olho para o detalhe é surpreendente! Carole A. Feuerman é conhecida por suas esculturas hiperrealistas de pessoas. Carole começa cada peça fazendo moldes de modelos. O molde é então preenchido com gesso que após a secagem é retirado e então ela usa resina e tinta para dar a coloração natural às esculturas.

Todas as esculturas da coleção "Cabeças de Personagem" do escultor alemão Franz Xaver Messerschmidt irradiam a mesma esquisitice pura e, no entanto, cada uma delas tem uma personalidade distinta. Algumas parecem estar explodindo de vontade de contar uma piada suja. Outras parecem que acabaram de sentir um cheiro terrível. Há os que parecem atormentados pela culpa, ademais alguns que foram pegos no meio de um espirro. Fundidas em liga de estanho ou alabastro, as cabeças em tamanho real são impressionantes de se ver.

A tatuadora Makkala Rose cria desenhos botânicos dramáticos na pele de seus clientes, incorporando flores ricas em tons, frutas untuosas e retratos de animais que parecem reais. Um de seus trabalhos mais notáveis abrangia cobrir completamente as costas de uma cliente, chamada Sara, com uma "pintura" em estilo chiaroscuro -uma técnica de pintura instituída no período renascentista do século XV- com três velas acesas, vidro reflexivo e cristais, pilhas de frutas maduras e um morcego dependurado, tudo contrastando com um fundo escuro. Uma verdadeira obra-prima da arte corporal.

Existem poucos artistas gastronômicos no mundo que possam remotamente se comparar a Zhou Yi, o famoso "Rei do Açúcar" da China, na modelagem de fondant. Suas esculturas são tão incrivelmente detalhadas que, embora sejam comestíveis, definitivamente se qualificam como "boas demais para comer". A primeira vez que apresentamos Sugar King no MDig foi no início de 2018, logo após ele deixar boquiabertos todos os participantes do International Cake Competition, onde ele e sua equipe mereceram três medalhas de ouro e uma de bronze, com um bolo incrível em forma de escultura da imperatriz Wu Zetian, a única mulher governante na história da China, quando jovem.

A Catedral de São Paulo, na cidade belga de Liège, foi fundada no século X. Como seria normal esperar de um local de culto católico, ela está repleta de representações de homens e mulheres da história -bíblica ou não- do cristianismo. No entanto, conforme você chega na parte de trás do púlpito, uma escultura de mármore branco impressionantemente bela atrai o olhar: um belo jovem em agonia. Que ícone venerável da igreja pode ser este? Um mártir? Um discípulo? Ou será que é um anjo?

A antiga arte japonesa de kumihimo ("fios reunidos") abrange 1.300 anos de história de tranças e cordões. A técnica de tecelagem tem sido praticada há séculos, com as criações completas usadas para amarrar armaduras samurais históricas e criar laços para quimonos modernos. Muitos kumihimos são feitos de seda tingida à mão entrelaçada usando teares especiais, que criam de forma variada um cordão trançado que varia de muito plano a quase totalmente arredondado.

O assunto deste artigo esteve até recentemente escondido da atenção mais ampla, mesmo na China, seu local de origem. Ele apresenta uma tradição de arte popular minoritária, a de fazer engenhosos recipientes dobrados em papel para armazenar linhas de bordar, pacotes de agulhas, padrões de papel, muitas vezes uma preciosa fotografia de família e memorabilia pessoal. No entanto há uma razão pela qual esta arte milenar é pouco conhecida.

Ainda que muitos confeiteiros passem seus dias virando massa de trigo com fermento, Karin Pfeiff-Boschek está ocupada assando tortas doces com arranjos hipnotizantes que parecem quase bonitos demais para comer. Ela cobre cada torta com um delicado motivo floral de massa escamosa, um gradiente precisamente organizado de frutas fatiadas ou como um tecido xadrez trançado em fileiras. A designer de confeitaria disse que foi criada em uma família de padeiros, embora as tortas não tenham sido sua primeira forma de expressão artística.

Se você por acaso acha que a cabaça da abóbora-d'água serve somente para fazer cuia, moringa ou chocalho, pense de novo. Ainda que Para comer seja uma tristeza: amarga e sua ingestão pode até ser perigosa, de forma controlada tem várias aplicações medicinais fitoterápicas. Mas a artista Marilyn Sunderland, natural de Columbia, no estado americano de Missouri, usa o fruto da cabaceira para fazer suas obras que impressionam pela delicadeza e pelo preciosismo dos detalhes que ela entalha na casca dos porongos. Marilyn usa um cinzel especial para fazer suas gravações e depois dá mais vida a obra usando tinta e verniz.

Uma efusão de cravos, bulbos de lavanda, rosas em tons radiantes, tulipas amarelas e samambaias verdes brilhantes compõem os buquês de flores de açúcar arquetípicas que adornam os bolos de Julie Simon. Um produto da visão criativa incrivelmente fecunda da artista, eles fazem suas criações parecerem mais pinturas do que doces. Com efeito, os bolos de Julie evocam as naturezas mortas barrocas de mestres holandeses como Ambrosius Bosschaert.

O bispo colonial navarro Juan Cruz Ruiz de Cabañas de Guadalajara, no México, fundou o Hospicio Cabañas em 1701 para servir não apenas como hospital, mas também como igreja, orfanato e asilo para os habitantes mais pobres da cidade. De fato, o local serviu de lar para órfãos e desvalidos até 1980. No entanto, em 1796, o edifício original precisava de uma expansão e reforma, então as autoridades coloniais contrataram o renomado arquiteto espanhol Manuel Tolsá para construir o edifício. Nenhuma despesa foi poupada.