![]() | O que acontece quando cientistas examinam espécimes centenários de museus com métodos de pesquisa modernos? Nos bastidores do Museu Field de Ciência Naturais de Chicago, pesquisadores descobriram que uma espécie de cobra-rei naja é, na verdade, quatro. Durante 188 anos, cientistas classificaram todas as cobras-rei, a maior cobra venenosa do planeta, às vezes atingindo mais de 5,5 metros de comprimento, como uma única espécie mas na verdade esta classificação estava totalmente errada. |

Após estudar mais de 150 espécimes de museus, alguns coletados já na década de 1920, os pesquisadores determinaram que o gênero da cobra-rei se diferencia pela contagem de dentes, padrão de coloração e localização geográfica.
A cobra-rei-do-Norte (Ophiophagus hannah) ocorre do Paquistão à Tailândia; a cobra-rei-de-Sunda (Ophiophagus bungarus) ocupa a Península Malaia e as Ilhas da Grande Sunda ; a cobra-rei-dos-Gates-Ocidentais (Ophiophagus kaalinga) é endêmica dos Gates Ocidentais da Índia; e a cobra-rei-de-Luzon (Ophiophagus salvatana) existe apenas na Ilha de Luzon, nas Filipinas.
- "Quando você ouve o termo 'real' como parte do nome de uma espécie de cobra, quase sempre significa que elas comem outras cobras, que são como 'o rei das cobras', explicou a herpetóloga Sara Ruane, curadora associada de herpetologia do Museu Field. - Durante séculos, os cientistas acreditaram que havia apenas uma cobra-rei. Acontece que isso não é exatamente verdade. Há quase 200 anos, chamamos as cobras-rei de uma única espécie, e provavelmente estávamos errados esse tempo todo."
A descoberta destaca como as coleções de museus continuam fornecendo dados científicos décadas após a preservação. O gerente de coleções de herpetologia, Chun Kamei, observou que, embora encontrar novas espécies em coleções de museus não seja incomum, identificar novas espécies de animais tão grandes e carismáticos é bastante raro.
Essa reclassificação também permite que os cientistas desenvolvam estratégias de conservação direcionadas para populações e regiões que enfrentam perda de habitat e mudanças climáticas.
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