Ao sul de Tombouctou, onde as dunas de areia do Saara se fundem com uma dispersão de árvores e arbustos, vivem os elefantes mais peripatéticos do mundo. Os elefantes do deserto de Mali migram quase 600 quilômetros por ano, até 50 quilômetros por dia, tudo em busca de água. Esses elefantes estão vivendo no limite, nas condições mais extremas. Sua sobrevivência depende de tomar boas decisões e também depende de decisões humanas. Por sorte, os nômades tuaregues que compartilham o território dos elefantes têm uma notável cultura de tolerância e não caçam os animais.

Existem muitos parasitas por aí. Algumas estimativas sugerem que até metade de todas as espécies da Terra vivem dentro e se alimentam de outras espécies. Praticamente todas as espécies têm seu próprio conjunto de parasitas, e até os parasitas têm parasitas. Em muitos casos, o hospedeiro de um parasita é pouco mais do que um habitat onde ele pode comer e se reproduzir. Mas alguns parasitas deram um passo adiante, evoluindo para manipular seus hospedeiros de maneira a dar ao parasita uma chance melhor de atingir a maturidade e espalhar seus filhotes por toda parte.

Os lírios-do-mar, também conhecidos como estrelas-de-penas são crinóides, que significa "semelhante ao lírio" em grego. São animais exclusivamente marinhos que ocupam todas as profundezas até os 6000 metros. Esses equinodermos se alimentam por filtração e parecem mais uma planta do que um animal, o que os torna alguns dos animais mais bonitos, e igualmente pouco conhecidos dos oceanos profundos. Os lírios-do-mar se deslocam movendo seus braços e rastejam sobre sedimentos moles, usando os braços sobre a superfície, levantando a porção central de seus corpos.

Esses animais incomuns têm uma enorme corcova no nariz e vivem em nosso planeta há tanto tempo que foram contemporâneos dos mamutes. Mas o fato triste é que há muito pouco deles na natureza, pela perda de habitat e principalmente porque as pessoas os caçam por causa de seus chifres usados na supersticiosa medicina chinesa. O povo calmuque tem uma lenda sobre um ancião branco, o "Mestre da Terra", que protege tudo o que vive. Ele é frequentemente retratado com seu fiel companheiro, um pequeno saiga (Saiga tatarica), que é seu animal favorito e que o segue por todo lugar.

Todos os anos, milhares de caranguejos-aranha gigantes (Leptomithrax gaimardii) se reúnem Baía de Port Phillip, em Melbourne, Austrália, antes de sua muda anual de casca no inverno. Quando solitários, esses caranguejos costumam ser difíceis de detectar; algas, esponjas e ascídias instalam-se nas suas conchas e proporcionam uma excelente camuflagem. No entanto, quando os caranguejos se agregam e marcham, esse exército faminto é fácil de detectar. Eles vasculham qualquer alimento que possam encontrar, incluindo a vida selvagem nas cascas uns dos outros.

No Lago Titicaca, o maior lago da América do Sul, o localizado na maior altitude do mundo, há menos oxigênio disponível no ar e na água, que causa consequências diretas na popularmente conhecida como rã-do-titicaca (Telmatobius culeus). Conhecida também como rã-escroto, ela é considerada o maior anfíbio aquático do mundo, que por meio da evolução adaptativa ajustou-se à altitude com a ajuda de largas dobras cutâneas que absorvem o oxigênio de que necessita para viver.

Phil e Jane Carter, da localidade de Ilkeston, Inglaterra, ficaram chocados e encantados quando avistaram uma raposa bípede em seu gramado. Depois de alguns segundos, decolou "como um foguete", disseram eles. Infelizmente, ninguém teve a chance de perguntar o que a raposa disse. Segundo a porta-voz da organização Fox Project", Lisa Kent, a aparência das pernas parece mais uma deficiência desde o nascimento e provavelmente é assim que se adaptou para ficar sobre duas pernas, sua condição geral para duas pernas dianteiras parece muito boa.

Os animais fazem todo tipo de coisas nojentas. Embora esses comportamentos grosseiros possam revirar nossos estômagos, eles geralmente são cruciais para a sobrevivência de um animal. Para sobreviver e prosperar na natureza, nem sempre se trata de ser o maior e o mais feroz. Muitos animais desenvolveram estratégias muito mais divertidas, se não indelicadas, para o sucesso evolutivo. Por exemplo, para os animais selvagens, encontrar um companheiro não é brincadeira, por isso as coisa que fazem para acasalar pode parecer totalmente fora de propósito.

No final do mês de outubro, Sansa, uma chita de 5 anos, optou por deixar seus aposentos onde tinha todo o conforto e segurança para parir e montou o ninho em um dossel denso onde ela deu à luz cinco pequenas bolas de pelos perfeitos. Felizmente, o clima permaneceu quente e constante o suficiente, e mãe de primeira viagem fez todo o processo parecer fácil.

Os olhos se estendem para nada além de um horizonte vazio e uma paisagem coberta em sua totalidade por infinitos lençóis brancos de neve e com isso suas temperaturas congelantes e condições adversas, como alguém ou qualquer coisa poderia sobreviver em tais condições por um longo período de tempo sem congelar até morte? Os bois-almiscarados são provavelmente os animais com a maior força e resistência que você encontrará vivendo nas condições climáticas mais implacáveis.

Em muitas localidade dos Estados Unidos, as pessoas consideram os castores como pragas e podem ser mortos a qualquer momento, por causar inundações e bloquear áreas de irrigação. Mas acontece que os dentuços podem ser verdadeiros engenheiros quando se trata de reconstruir e revitalizar ecossistemas ameaçados. Esta castora era uma recém-nascida quando seus pais foram mortos e ela foi levada aos cuidados de uma família de reabilitadores da vida selvagem. À medida que cresce, ela passa cada vez mais tempo ao ar livre com outros castores resgatados, mas ainda é bem-vinda em casa.

Algumas ilhas da Nova Zelândia constituem o habitat natural das tuataras (Sphenodon spp.), duas espécies de répteis que não se encontram em nenhum outro lugar do mundo. Ainda que se pareçam aos lagartos, constituem uma ordem distinta do resto de répteis atuais, a ordem Rhynchocephalia ou Sphenodontia, da qual são as únicas espécies que sobreviveram até hoje, sem mudanças desde a era Mesozóica, faz entre 66 e 250 milhões de anos, o que as torna em autênticos fósseis viventes.