![]() | Você conhece aqueles casais que fazem tudo juntos? Os besouros-do-amor (Plecia nearctica, também conhecidos como moscas-da-lua-de-mel, podem passar de meia hora a alguns dias presos um ao outro copulando (daí o nome). Enquanto a fêmea arrasta ou carrega o macho de flor em flor, eles polinizam cerejas, maçãs e peras. Eles não são verdadeiramente um besouro, senão que uma espécie de inseto da ordem Diptera, aparentado com os mosquitos e pertencente à família Bibionidae. |

Existem 700 espécies de besouros-do-amor, e quando você encontra um, provavelmente encontrará muito mais. Voando em um enxame. Ou talvez até mesmo rondando sua casa.
A história de amor deles começa em meio a uma multidão. Uma animada confraternização de solteiros. Eles são velhos amigos. Crescem juntos como larvas no subsolo. Depois, todos alçam voo de uma só vez, no que chamamos de emergência síncrona.
Tais Diptera são sazonalmente e excessivamente abundantes entre abril-maio e agosto-setembro; durando cerca de quatro semanas, em cada período, e se tornando incômodos em algumas áreas.
Podem se acumular em grande número, podendo causar superaquecimento de motores refrigerados e entupindo os seus radiadores. Também podem reduzir a visibilidade dos motoristas e causar corrosão da pintura dos carros, já que os seus fluidos corporais são levemente ácidos e, caso a massa de ovos e partes do corpo permaneçam no veículo, por vários dias, sua ação bacteriana aumenta a acidez e se grava na tinta.
São mais abundantes em habitats úmidos e com grama, copulando o tempo todo em que estão acoplados; começando com machos formando enxames, acima das áreas de eclosão, todos os dias pela manhã e à tarde. Eles também podem voar um pouco acima dessas áreas, com as fêmeas emergindo mais tardiamente do solo e rastejando pela vegetação, então voando para os enxames.
Um macho pode agarrar uma fêmea antes ou depois dela voar para um enxame. Em ambos os casos, o par pousa na vegetação e permanece no local, onde o macho transfere o seu esperma para a fêmea. A transferência requer uma média acima de 10 horas, mas o par pode permanecer acoplado por vários dias, durante os quais se encontram se alimentando e se dispersando.
Após essa fase, o macho ejeta um espermatóforo esgotado, após se separar da fêmea, e ambos os sexos podem acasalar novamente. Os pares, formados nas primeiras horas da manhã, iniciam os voos de dispersão, enquanto os que se formam no final da tarde permanecem na vegetação, até o voo nupcial do dia seguinte.
Há uma lenda urbana de que esta espécie seria o resultado de uma experiência genética; acidentalmente liberados de uma estação de experimentos biológicos da Universidade da Flórida. Essa crença dá-se pelo fato desse inseto ser, na maior parte do tempo, uma criatura "invisível", que vive escondida nas brechas dos telhados das casas e de repente começa a enxamear.
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