Projeto Vilab 2, o «Planeta dos Macacos» do mundo real

A uma hora e meia de canoa de Monróvia, capital de Libéria, há um grupo de pequenas ilhas, conhecidas como "Monkey Island", seis ilhotas habitadas unicamente por vários grupos de chimpanzés infectados com doenças contagiosas. Isto que poderia ser o começo de um filme de terror de Série B, é no entanto a história real de um laboratório na República da Libéria cujas pesquisas ajudaram à criação de novas vacinas.

A história começou com a aposentadoria de 200 chimpanzés utilizados em pesquisas médicas dentro do projeto Vilab II, no laboratório do Instituto de Pesquisas Biomédicas de Libéria. Os chimpanzés que sobreviveram aos vírus e a duas guerras civis, vivem confinados numa série de ilhas no rio Farmington e na atualidade seguem vigiados e alimentados diariamente.

O programa foi financiado entre 1974 e 2006 pelo Banco de Sangue de Nova Iorque para a busca de tratamentos e vacinas para doenças como a oncocercose e a hepatite B. A pergunta que não quer calar é porque o New York Blood Center não custeou esta pesquisa em solo americano? Será que este centro médico, depois, beneficiou o povo liberiano ou fez "cara de paisagem"?

Depois da crescente pressão dos ativistas que exigiam que deixassem de utilizar chimpanzés na pesquisa médica, o laboratório cessou suas atividades. Agora, os animais do laboratório vivem isolados, incapazes de escapar de seu obrigado cativeiro já que não sabem nadar.

Neste fantástico documentário, você vai conhecer "A ilha dos Macacos" e o legado dos pesquisadores que a consideravam seu lar:

Nota para o valente que queira visitar a "Monkey Island" -esquecendo a recomendação de não viajar pelo incremento da incidência da epidemia de Ebola na Libéria-, neste link tem o telefone do Joseph, guia local que pode te levar ao verdadeiro "Planeta dos Macacos". Se for, dá uma abraço no Zezinho por mim!