A idade do mundo e seus personagens

Diz-se popularmente que para saber a idade do melhor amigo do homem, ou seja, pra saber se ele é velho ou jovem deveria multiplicar-se a sua idade biológica por 7, em média, não levando em conta fatores como peso, raça ou tamanho. Já com os países deve-se dividir a sua idade por 14 para conhecermos a correspondência humana excluindo-se evidentemente o tempo que este mesmo país foi colônia (gestação). Confuso? continue lendo e você vai entender.

O Brasil nasceu, deixou de ser colônia, em 1822, portanto tem cento e noventa e cinco anos. Se dividimos este valor por quatorze, veremos que o Brasil tem hoje 14 anos, em pleno desenvolvimento, mongolão, vive correndo atrás de bola, está aprendendo a ser rebelde, sem memória, contesta sem pensar, aceita sem contestar e está profuso de espinhas.

Quase todos os países da América Latina têm a mesma idade e como sempre acontece nestes casos estão quase sempre juntos como adolescentes que hora se gostam, outra se odeiam. Eles têm uma banda de rock, ensaiam na garagem, fazem muito barulho, mas jamais gravaram um disco.

A Argentina, que já tem peitinhos, adora um Peru, mas esnoba o restante e vive bajulando o Estados Unidos, um ricaço retardado mental de dezoito anos que se dedica a matar criancinhas inocentes e famintas de 6 anos em outros continentes.

O México também é adolescente, mas com ascendente índio. Por isso, mal humorado, ri pouco e fuma peyote; diferente dos amiguinhos latinos que, escondidos, se juntam pra fumar/brincar com uma bagana que mais tarde poderá vir a ser um maldito vício. Vício já assumido pela pré-aborrescente e bolivariana Venezuela, que vive em crise e já começa a passar fome por adotar a ideologia assassina de Marx.

Em outro extremo, por exemplo, está a milenar China: se dividirmos seus mil e duzentos anos por quatorze, tem se uma senhora de quase noventa, conservadora, sapiente, que passou a vida comendo arroz porque não tinha dinheiro pra comprar uma dentadura. Ela tem um neto de oito, Taiwan, que vive aprontando e já não quer obedecer a avó. Se divorciou há muito do Japão, um velho carrancudo, hoje calmo, que se juntou com a Filipinas, uma gatinha disposta a qualquer aberração para ganhar dinheiro.

Há também os países que acabam de alcançar a maioridade e saem para passear na BMW do papai. Exemplos? A Austrália e o Canadá. Típicos filhos criados a leite com pêra, cresceram sob o constante zelo e cuidado das mães Inglaterra e França. A Austrália é uma moça, nada virgem, de pouco mais de 20 anos que faz topless e finge gostar da África do Sul. Já o Canadá é um rapaz fofo emancipado que está pensando em adotar o bebê Groenlândia e formar uma destas famílias alternativas que estão na moda com a Dona Islândia.

A França é uma separada de 38 anos, muito "da vida", mas igualmente respeitada no âmbito profissional. É amante esporádica de Alemanha, um caminhoneiro rico que é casado com a Áustria. Áustria sabe que é chifruda, mas não se importa.

A França também tem um filho de seis anos, Mônaco, com jeito de vir a ser um rapaz muito meigo ou bailarino, ou ainda as duas coisas.

A Itália é viúva há muito tempo. Vive cuidando dos dois filhos católicos gêmeos idênticos, San Marino e Vaticano. Ela também tentou um breve casamento com o Alemanha, quando então nasceu Suíça. E na verdade, sente uma certa inveja da Bélgica, advogada independente que não se depila e militante da teoria queer. Bélgica também fantasia, às vezes, como aprender a preparar uma boa macarronada.

Espanha é a mulher mais linda da Europa -possivelmente a França lhe faça sombra, mas perde em espontaneidade por usar tanto perfume e não gostar de tomar banho-. O grande problema é que está quase sempre bêbada pois o Reino Unido não quer nada com ela, e por ser mal amada desatinou a fazer filhos com qualquer um que aparecesse.

Espanha também, não se sabe o porquê, mantém o irmão gêmeo Catalunha a grilhões desde a adolescência.

Portugal é o primo da Espanha que na juventude também andou espoliando e fazendo filhos bastardos pelo mundo afora; apesar de reconhecer a paternidade, nunca lhes deu sequer o que comer.

Outro que tem filhos perdidos por todo canto é a Inglaterra. Saía sempre para passear de barco e depois de nove meses aparecia uma nova ilha, digo filha, em alguma parte do mundo, sempre muito bem sustentada pela mãe.

Escócia e Irlanda, os irmãos mais novos da Inglaterra que vivem no andar de cima, passam a vida bêbados, e nem sequer sabem jogar futebol. São a vergonha da família.

Suécia e Noruega são duas loiras lésbicas de 39, quase 40, que apesar da idade, ainda tem o corpo esguio e belo. As vezes fazem trio com Finlândia, que é um tipo de 30 anos meio andrógino que vive só numa cobertura sem móveis, e vive falando ao celular com a Coreia.

Por falar em Coreia, a do Sul, é emocionalmente dependente de sua irmã esquizóide. São gêmeas, mas a do Norte tomou líquido amniótico ainda no útero, enlouqueceu, passou a infância portando armas e agora é capaz de qualquer coisa, inclusive de acabar com o mundo.

Assim, o Estados Unidos, aquele filhinho de papai débil mental de 18, vigia-a muito, porque a qualquer momento pode ser alvejado por todo o corpo por balas de alto calibre, ainda que muitos acham que as armas der Coreia usam munição de festim.

Israel é um intelectual de sessenta e dois anos que teve uma vida que foi uma verdadeira merda. Anos atrás, o caminhoneiro Alemanha entretido com a Áustria que lhe proporcionava um belo prazer oral, enquanto dirigia, não viu e atropelou-o. Desde esse dia, Israel ficou meio louco e agora, em vez de ler livros, passa o tempo todo na sacada atirando pedras na Palestina, uma moça que lava roupa do outro lado do mur na casa ao lado.

Irã e Iraque são dois primos de 16 que roubavam motos e vendiam as peças, até que um dia fizeram a besteira de roubar uma bicicleta do Estados Unidos. O negócio deles acabou e agora estão tentado novamente reerguer o seu comércio.

O mundo estava bem assim, isto é, como estava. Até que um dia a Rússia, uma velha cachaceira inveterada resolveu mostrar todo o poder de sua Perestroika. Pois não é que gostaram tanto da Perestroika de Rússia que seus filhos multiplicaram. Todos esquisitos, alguns mongólicos, outros esquizofrênicos. Todos divertidos!

E graças a um “arranca-rabo” com tiros e mortos, os habitantes do mundo descobrimos um destes filhos estranhos, descobrimos que existe um país que se chama Cabardino-Balcária. Um país com bandeira, presidente, hino, flora, fauna, e até gente.

Ademais há ainda os personagens do berço da humanidade, quase todos de curta idade e com pouca história pra contar devido a que seus ancestrais ou foram repatriados à força ou subjugados para satisfazer a necessidade imperiosa da maioria dos outros citados anteriormente.

Nota: Este artigo foi atualizado em 24 de julho de 2017.