Não há dúvidas de que a restauração da pintura do Cristo, no "Ecce Homo", em Borja (Espanha) foi a maior trollagem do ano, ainda que de forma não-intencional. Assim dezenas, centenas de sites criaram memes reproduzindo o erro mastodôntico da senhorinha de 80 anos, mas talvez a mais criativa seja a de uma japa, usuária do Reddit, que decidiu reproduzir o fail na pintura com base na maquiagem, que deve criar tendência para as fantasias de Halloween em 2012. Veja:

Um novo "Ecce Homo" ocorreu na Espanha, após que em 2012 a restauração de um quadro de Borja, em Zaragoza, a cargo da simpática Dona Cecilia Giménez, deu a volta ao mundo. Agora chegou a vez de uma cópia de uma das conhecidas Imaculadas do artista Esteban Murillo. Um colecionador particular de Valência encarregou a limpeza de uma cópia de um retrato da virgem realizado pelo reconhecido pintor espanhol no século XVII. Mas em lugar de procurar um restaurador profissional, encomendou o trabalho a um restaurador de móveis pelo módico custo de 1.200 euros.

Vocês devem se lembrar do caso da senhorinha, Dona Cecília Giménez, de Zaragoza, na Espanha, que com toda a boa vontade do mundo destruiu uma pintura centenária de Cristo no Ecce Homo ao tentar restaurá-la. Tadinha! Mas se o Ecce Homo de Borja marcou um antes e um depois na restauração artística, agora surgiu em Ontário (Canadá), um caso muito similar, que fez as delícias dos gozadores das redes sociais e tem Jesus no meio novamente.

Os membros da comunidade religiosa no município de Soledad, na Colômbia, expressaram sua insatisfação com os resultados do trabalho de restauração realizados em uma estátua de Santo Antônio de Pádua que agora guarda semelhanças "com um homossexual", segundo as próprias descrições dos moradores locais. A estátua de madeira do padroeiro de Soledad data do século XVII e está exposta na principal igreja da cidade. Ela apresentava danos causados por cupins, então a igreja pediu a um artista local para repará-la e repintá-la.

A artista amadora de oitenta e três anos, Dona Cecília Giménez, não teve nada além de boas intenções quando voltou sua atenção para um afresco deteriorado de Jesus Cristo pintado nas paredes da igreja do Santuário da Misericórdia, na pequena cidade espanhola de Borja. O afresco intitulado Ecce Homo foi feito pelo artista espanhol Elías García Martínez em 1930, e pese que a dona Cecília não tenha nenhum treinamento artístico formal, tomou para si o trabalho de restaurar a obra de arte quando a pintura original do afresco começou a descascar.

Este povo parece não aprender com os erros passados. Um novo caso de Ecce Homo artístico aconteceu nas Astúrias, quando a direção geral do patrimônio do Principado investiga uma "restauração" de três esculturas de madeira dos séculos XV e XVI realizada por uma moradora do povoado de Rañadoiro, no município asturiano de Tineo. As figuras agora mostram cores berrantes que vão desde o verde-alface até rosa-cheguei.

Este é, sem dúvida, um dos candidatos ao pior projeto de restauração de arte na história, ainda que será difícil aparecer um que supere a senhorinha do Ecce Homo. Trata-se de uma escultura de madeira de 500 anos de antiguidade de São Jorge de Estella que foi "restaurada" por um "especialista do artesanato", na cidade espanhola de Estella-Lizarra. O resultado final não é agradável à vista, e deixou muitas pessoas muito chateadas e se perguntando quem é que contratou o tal "mestre".

Em um episódio que foi motivo tanto de comoção como de troça na vida cultural espanhola e que já se converteu em uma causa de vergonha internacional, uma octogenária estragou sem intenção uma representação de Cristo, no "Ecce Homo", que datava do século XIX. A troll da terceira idade é Dona Cecília Giménez, habitante da comunidade de Borja, em Zaragoza, que na ânsia de fazer um bem à igreja da localidade, transformou radical e inclusive surrealmente a pintura. Tadinha da mulher!

A Espanha pode respirar aliviada, pelo menos por enquanto. Todo mundo sabe que o país está à vanguarda na prática de destroçar patrimônio artístico. Não falamos só da restauração do Ecce Homo de Borja, que elevou a doce Dona Cecília ao patamar de lenda deste país. Também avacalharam com o São Jorge de Estella, que virou boneco na mão de um especialista do artesanato, e as três esculturas de madeira dos séculos XV e XVI que foram transformadas em coloridas caricaturas por uma mulher de Astúrias.

Depois de um ano de exílio e centenas de horas de trabalho meticuloso, uma estátua policromada do século 16 de São Jorge de Estella, que fez notícias por todas as razões erradas, foi carinhosa e cuidadosamente restaurada. Em meados de 2018, a Igreja de São Miguel, em Estella, Navarra, tornou-se o último lugar sagrado a ser vítima de trabalhos bem intencionados, mas imprudentes. Os esforços de um artista local para refrescar a estátua de madeira de nogueira não foram totalmente planejados.