A organização responsável pelos Prêmios Ignobel anunciou os vencedores deste ano e há de tudo, desde um economista que mostrou que é mais importante ter sorte do que talento para ter sucesso na vida até uma análise cuidadosa de como a quimioterapia é melhor com sorvete. Fundado em 1991, o Prêmio Ignobel não tem má intenção ou espírito de ridicularizar os cientistas. Na verdade, seu lema não oficial é recompensar a pesquisa "que primeiro faz você rir e depois pensar". A cerimônia de premiação, claro, é tão bizarra quanto se pode imaginar.

A 34ª Primeira Cerimônia Anual do Prêmio IgNobel foi realizada ontem à noite no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, retornando ao mundo real após quatro anos de realização virtual durante a pandemia. Dez prêmios foram concedidos para pesquisas que nos fazem rir e, em seguida, nos fazem pensar. O tema do prêmio deste ano foi a "Lei de Murphy", que simplesmente diz: "Se algo pode dar errado, dará errado"". Como se ilustrasse a contradição dessa lei, a cerimônia ocorreu sem problemas, apresentada como sempre por Marc Abrahams.

Mais um ano traz os Prêmios Ig Nobel, aqueles prêmios que reconhecem pesquisas que a princípio podem parecer brincadeira, mas se você prestar atenção, fazem todo o sentido. Já se perguntou se pintar uma vaca com listras de zebra poderia reduzir o número de picadas de moscas que ela recebe, ou quais coberturas de pizza diferentes tipos de lagartos preferem? Se sim, você não está sozinho: há cientistas que estudaram esses e outros tópicos incomuns em detalhes.

As ventosidades e os borborigmos -os ruídos produzidos pelas contrações das paredes do trato gastrintestinal que ajudam a empurrar os alimentos e os gases através do estômago-, queiramos ou não, fazem parte do cotidiano do corpo de todo ser humano, pese a desagradabilidade produzida tanto por ouvi-los, quanto cheirá-los ou estudá-los em profundidade.