Houve época em que a fotografia ficou na berlinda: arte ou somente um espelho da realidade? Como sempre, críticos algozes diziam que o retrato do cotidinao jamais poderia constituir algo que pudesse ser chamada de arte. Mas felizmente, uma corrente de artistas, ainda fotógrafos, insistiu na categorização do retrato da realidade como puro estado de arte.

Em geral gostamos, aliás, eu gosto muito de fotografias surreais, mas somente aquelas cuja metáfora nos remeta a coisas alegres e situações que guarde a impressão de ter saído direto de um sonho bom. Não curto nem um pouco o surrealismo melancólico ou obscuro ou o de Dali (sem pé e nem cabeça. Por exemplo, eu acho inspirador o trabalho do diretor de arte alemão Robert Jahns (Nois7 no Instagram), cujas belas imagens de aventura podem alegrar o seu dia.

Lápis e papel ou cartolina, estas são todas as ferramentas de trabalho deste artista autodidata. Bom, isso e a falta de limites, com a qual o artista Jono Dry trabalha na mais absoluta liberdade criativa. Ele consegue, de alguma forma, fundir à perfeição realismo P&B dos detalhes e dobras com o surrealismo de seu mundo próprio, tendo como resultado impressionantes pinturas, tecnicamente perfeitas, conceitualmente ricas.

Nós gostamos muito de surrealismo no MDig. Dedicamos uma série de postagens a ele, e o site está cheio de trabalhos de muitos artistas que chamam o surrealismo de sua forma de fazer arte. Há algo muito escapista no gênero, uma maneira fácil de se sentir transportado para uma espécie de terra dos sonhos. Quando nos deparamos com a imagem chamada "Serviço da Lua Cheia" (a primeira deste post) alguns anos atrás, ficamos para além de impressionados. Mas quando nos deparamos com o portfólio completo de Erik Johansson, ficamos ao infinito e além de maravilhados.

Saído da sempre surpreendente imaginação da natureza, este inseto, nativo do nosso país, desafia as mentes mais famosas por suas extravagantes criações e as invenções mais surrealistas. Como um desses artistas que veem o fantástico onde supostamente só está a pobre realidade, capaz de fazer inveja a Dali, este inseto, parente das cigarras e dos gafanhotos, representa um dos desenhos mais singulares e esquisitos de todo o catálogo natural. Os aliens já estão aqui.

Arcimboldo (Milão 1527 - 1593 Boêmia ) iniciou os seus trabalhos com seu pai no vitral da catedral de Milão mas atingiu a fama em Praga. Seus principais trabalhos foram "As quatro estações" onde utilizou frutas , verduras e flores e "Os quatro elementos", utilizando animais marinhos e terrestres e objetos de guerra, para compor fisionomias humanas.

Os dois curtas de hoje são muito bons e se alguém perguntasse a minha preferência, não saberia dizer. O primeiro curta-metragem de animação é "Robocoq", uma evidente corruptela com Robocop, e versa sobre um grupo de galos rebeldes que decidiram criar um robô que pode viajar no tempo para reescrever os erros da história, ao estilo "Exterminador do Futuro".

O surrealismo, representação do irracional e do subconsciente, pode criar coisas racionais ao enganar os nossos olhos como numa ilusão de óptica. Ao olhar as seguintes imagens podemos notar um rosto, ou pessoa ou simplesmente ver um amontoado de objetos ou gente.

O artista e fotógrafo espanhol Manu Pombrol de 35 anos é, assim como o conterrâneo Dali, admirador do extraordinário como podemos notar por suas fotografias manipuladas. Ele começou ainda muito jovem com a pintura de quadros e retratos em pastel. Então, descobriu o computador, a edição digital, e foi seduzido pela idéia quase insana de misturar realidade e surrealismo, enquanto tenta criar sua própria forma de arte.

Ícone maior do surrealismo, Salvador Dalí era um grande showman que era, ele mesmo, a sua melhor obra viva. A combinação de seu bom humor com o desenho refinado de uma técnica meticulosa na criação de figuras desafiadoras e provocantes foi uma fórmula irresistível para o sucesso. Atrás de seus bigodes insolentemente charmosos, tornou-se uma figura ímpar e familiar para milhões de pessoas que nunca tinham chegado perto de uma obra de arte.