Imagens insanas mostram a descida de um esquiador do pico mais alto do mundo

Estar no topo do Monte Everest, o pico mais alto do mundo, é literalmente estar no topo do mundo. E enquanto a maioria das pessoas desce com cuidado utilizando um tubo de oxigênio suplementar, o atleta da Red Bull Andrzej Leszek Bargiel, de 28 anos, recentemente fez história ao descer o monte esquiando sem oxigênio. E ontem, a Red Bull compartilhou imagens mostrando o esquiador polonês radical em pé no teto do mundo e depois descendo. É traiçoeiro, e Andrzej cai algumas vezes, o que o faz tossir enquanto tenta respirar.

No Everest, há apenas um terço do oxigênio disponível ao nível do mar. Isso tornou a escalada incrivelmente perigosa para Andrzej, que contou com o apoio de uma equipe.

Ele começou a 8.849 metros e desceu esquiando sem cordas ou linhas fixas. Ele passou 16 horas na zona da morte, a área acima de 8.000 metros onde os humanos não podem viver por um longo período.

Embora mais de 6.000 pessoas tenham chegado ao cume, menos de 200 o fizeram sem oxigênio suplementar, e nenhuma tentou a descida de esqui.

Na altitude do cume do Everest, aproximadamente a altura de cruzeiro de um avião de passageiros, a pressão atmosférica reduzida significa que os montanhistas respiram apenas cerca de um terço do oxigênio disponível ao nível do mar.

- É um dos marcos mais importantes da minha carreira esportiva", afirmou Andrzej em um comunicado à imprensa. - "Descer o Everest esquiando sem oxigênio era um sonho que crescia dentro de mim há anos. Eu sabia que as difíceis condições de outono e traçar a linha de descida pela Geleira Khumbu seriam o maior desafio que eu poderia enfrentar.""

Claro está que para ser um esquiador de alta montanha é necessário primeiro ser um grande montanhista, com preparação física e mental robusta, habilidades técnicas de escalada e navegação, e conhecimento de segurança em avalanches.

E esse é o caso de Andrzej. Nascido em 18 de abril de 1988, em Rabka, Polônia, ele é referência tanto em esqui-de-montanha, corredor de montanha e escalada.

Desde 2013, ele tem executado seu projeto original Hic Sunt Leones ("aqui estão os leões"), cujo objetivo são subidas e descidas de esqui rápidas e sem oxigênio dos picos da montanha mais altos da Terra.

Estes incluíram Shishapangma em 2013, Manaslu em 2014, Broad Peak em 2015, K2 em 2018, Gasherbrum II e Gasherbrum I em 2023 e agora o Everest todos em 2025.

Andrzej foi também a primeira pessoa a esquiar do cume do K2, o segundo mais alto do mundo, em 22 de julho de 2018. A descida do pico de 8.611 metros levou mais de sete horas e foi considerada um dos feitos mais ousados do esqui de montanha... até agora. Ele também realizou a façanha sem o uso de oxigênio suplementar.

A expedição ocorreu após uma tentativa abandonada pelo próprio esquiador no ano anterior devido a riscos de avalanche e queda de rochas.

Andrzej começou a descer do cume e utilizou rotas como a Cessen e a Kukuczka-Piotrowski para contornar obstáculos como seracs, de fato, no ano anterior, ele se deparou com uma grande crevasse que o levou a desistência.

Ele foi apoiado por uma equipe que incluiu seu irmão, Bartek Bargiel, além de outros alpinistas e cinegrafistas.