![]() | As mais recentes erupções do vulcão Etna, situado na ilha italiana da Sicília, surpreenderam inclusive os vulcanologistas que observaram a atividade do vulcão durante mais de uma semana em que esteve cuspindo lava, cinzas e rochas de maneira regular. De acordo com Boris Behncke do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Itália (INGV) e que seguiu de perto os últimos paroxismos, o surto registrado na noite de 22 fevereiro foi "bem mais poderoso" que os demais. |

- "Após nos presentear momentos de suspense durante as noites anteriores, o Etna finalmente explodiu de uma maneira que aqueles que trabalhamos nisto durante décadas dificilmente vimos", assegurou o vulcanologista.
Às 11 da noite da segunda-feira as fontes de lava, rodeadas de gigantescas nuvens de fumaça, superaram os 1.500 metros de altura, enquanto milhares de fragmentos de rocha foram lançados da cratera a vários quilômetros de distância. Behncke reitera que foi uma das erupções mais espetaculares das últimas décadas, ainda que sublinha que cabe dentro da atividade ordinária deste vulcão.
- "O Etna está fazendo coisas muito normais, inclusive ainda que cada vez todo pareça maior, mais potente, mais espetacular e ameaçador", explicou o cientista.
Marco Neri, também do INGV, indicou que esta recente atividade vulcânica é a mais forte na cratera sul, que foi descoberta em 1971. E ainda que fazia anos que não se viam explosões tão altas do vulcão, está, seguro de que não há nenhum risco para a população, além de poder provocar problemas respiratórios a uns poucos por causa da fumaça e deixar cobertos de cinza edifícios e ruas.

As frequentes erupções do Etna, o vulcão mais ativo da Europa, em ocasiões mudou profundamente a paisagem do sudeste da Sicília e, algumas vezes chegou a constituir uma ameaça para os assentamentos situados em suas ladeiras.
Na semana passada, suas impressionantes erupções em decorrência de três dias iluminaram o céu noturno da cidade de Catânia. O fenômeno natural provocou o fechamento temporário de seu aeroporto, algo que costuma ocorrer quando a cratera está em sua fase ativa.
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