![]() | Aparentemente, logo depois que um guia turístico decidiu inventar a história de dizer às pessoas que esfregar os seios da estátua de Molly Malone, em Dublin, daria boa sorte, a coisa saiu do controle. Como seus seios mais do que fartos estão bem ao alcance da mão, as mãos pegajosas de inúmeros turistas esfregaram, coçaram e friccionaram a pátina de carbonato que lhe dera uma beleza estética adicional e a sensação de idade, embora a estátua date apenas de 1988. |

Agora, em vez de dizer "olhe os seios daquela estátua", as pessoas estão muito mais propensas a dizer "olhe a estátua naqueles seios".
Brincadeiras à parte, a Prefeitura de Dublin está considerando mover a estátua se os turistas não desistirem de colocar suas mãos sebentas nos seios da Molly.

Falando sério, a pátina das estátuas de bronze, além de contribuir para a estética geral, também pode ajudar a proteger o metal por baixo de mais corrosão. Aliás, se você olhar de perto, verá que a erosão está se tornando um problema.
A fricção repetida pode manchar ou alterar o bronze permanentemente, especialmente em condições externas. É uma mistura de manchas químicas e desgaste mecânico.
Não se trata de simplesmente deixar a pátina voltar a se formar naturalmente; a estátua precisará de um trabalho de restauração extenso e caro para que as peças de Molly voltem a se assemelhar ao restante da peça.

Talvez a Câmara Municipal de Dublin devesse simplesmente aceitar que isso vai acontecer, e acontece com estátuas em todo o mundo.
O pobre Victor Noir, enterrado no Cemitério Père Lachaise, em Paris, teve quase 150 anos de pessoas esfregando o volume de suas calças.

Victor era um jovem comum, um sujeito inexpressivo, que se viu no lugar errado, na hora errada e trabalhando para o cara errado. Ninguém o conhecia até que ele morreu durante um duelo destinado a seu patrão.
E quem era Molly Malone? Segundo a lenda, Molly era uma mulher muito linda, que viveu na Dublin do século XVII e vendia berbigões e mexilhões nas ruas da cidade durante o dia.

Mas como era pobre, à noite ela voltava àquelas mesmas ruas para vender seu corpo.
Alguns sugerem que a febre da qual ela morreu foi devido às condições terríveis em que teve que viver. Outros dizem que foi por causa de uma doença quea pegou de um de seus clientes noturnos.

Molly se tornou uma "figura lendária e semi-histórica", que foi cantada em versos de uma música que remonta ao século XIX. A canção foi regravada por vários músicos irlandeses populares, incluindo U2, Sinead O'Connor e Dubliners.
Alguns historiadores afirmam que há Molly Malones em registros irlandeses do século XVII, mas sem nenhuma evidência que as conecte à Molly Malone da lenda.
Em 1988, um historiador afirmou que uma mulher chamada "Mary Malone" havia morrido em Dublin em 13 de junho de 1699, e que Molly poderia ter sido seu apelido.
Isso foi o suficiente para a Comissão do Milênio de Dublin proclamar 13 de junho como o "Dia da Molly Malone", quando inaugurou a estátua de Molly Malone, feita pela escultora irlandesa Jeanne Rynhart, na movimentada Rua Grafton, em Dublin.
A estátua de Rynhart retrata Molly em trajes tradicionais, mas reveladores, do século XVII, talvez sugerindo seu suposto emprego noturno.
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