A vida urbana surpreendentemente moderna em Pompeia que existia antes da erupção do Monte Vesúvio

Antes da erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C., Pompeia era uma próspera cidade comercial e turística, atraindo romanos abastados, conhecida por sua economia próspera, população diversificada e vida urbana vibrante. Os moradores desfrutavam de um estilo de vida confortável, com casas elegantes, edifícios públicos complexos como teatros e um anfiteatro, mercados movimentados e uma infraestrutura sofisticada, incluindo ruas bem pavimentadas e banheiros públicos.

A rotina diária incluía acordar cedo, frequentar mercados e locais de trabalho e, mais tarde, socializar em tavernas, banhos ou locais de entretenimento.

Pompeia era um caldeirão de pessoas, desde ricos comerciantes e proprietários de terras até artesãos, turistas e escravizados. Contava com mais de 130 bares, inúmeras padarias e banhos públicos para relaxamento e socialização.

As ruas eram bem pavimentadas, com calçadas altas e pedras para manter os pedestres longe da lama. A cidade fervilhava de atividade, com multidões de pessoas fazendo compras no mercado ou discutindo questões locais no fórum.

As tardes eram frequentemente passadas nos banhos, seguidas da refeição principal (ceia) à noite. O conceito de "fast food" existia com os termopólios, onde as pessoas podiam comprar refeições prontas em potes expostos em um balcão.

E embora qualquer pessoa que passasse pudesse simplesmente parar e pegar uma refeição, eram frequentados principalmente por famílias pobres que não tinham condições de cozinhar em casa.

A cidade era famosa por sua bela arte, com casas adornadas com decorações complexas e pinturas murais vibrantes. O canal do Youtube Weird History explica como era a vida na surpreendentemente moderna cidade de Pompeia, observando que ela era considerada uma área turística desejável que oferecia aos ricos romanos em férias um lugar menos povoado para relaxar.

- "A cidade de Roma era como a Manhattan do Império Romano", explica o canal. - "Os verões podiam ser insuportavelmente quentes e a cidade ficava lotada de ricos que queriam escapar para resorts extravagantes durante os meses mais quentes. Muitos desses resorts, por acaso, ficavam em Pompeia."

De fato, a cidade era um local de férias ideal. Tinha uma arquitetura notável, incluindo um grande anfiteatro onde se realizavam espetáculos de alto nível. E, o mais importante, era um próspero centro comercial com muitos lugares para os ricos gastarem seu dinheiro, incluindo fábricas, lojas, casas de banho e bordéis.

Embora não haja um número exato, estima-se que Pompeia tivesse pelo menos 35 zonas, com algumas fontes sugerindo que o número pode ser maior devido às áreas ainda não escavadas. Esses estabelecimentos variavam de quartos pequenos e simples a edifícios mais elaborados e eram uma característica comum das cidades romanas.

Isso foi, claro, antes do famoso vulcão Vesúvio entrar em erupção e engolir a cidade como ela era.

Em 2018, o estúdio australiano de animação digital Zero One criou o aclamado "Um Dia em Pompéia", uma visualização incrivelmente intensa que recriou o que pode ter ocorrido durante as últimas 48 horas antes da destruição completa da cidade.

O vídeo utilizou dados históricos para deduzir o momento de cada erupção e fissão do Monte Vesúvio que destruiu completamente a cidade. A animação fez parte da exposição "Obras-primas do inverno de Melbourne" no museu local.

Embora a região tivesse sofrido tremores antes, os habitantes viviam em um estado de falsa segurança, acreditando que a atividade vulcânica era uma ocorrência comum e não uma ameaça catastrófica.

Longe de abandonar a cidade, os moradores estavam ativamente consertando infraestruturas, como sistemas de abastecimento de água e latrinas públicas, e até mesmo redecorando casas, até a erupção devastadora.