![]() | Segundo a Gemini, a IA do Google, - "...o transtorno bipolar é uma condição grave de saúde mental que causa alterações significativas no humor, na energia e nos níveis de atividade, alternando entre altos e baixos extremos", mas a coisa é mais complicada que isso. A palavra bipolar significa dois extremos. Para os milhões de pessoas que sofrem de transtorno bipolar em todo o mundo, a vida é dividida entre duas realidades diferentes: euforia e depressão. Embora existam muitas variações do transtorno, vamos considerar algumas. |

O Tipo 1 apresenta altos e baixos extremos, enquanto o Tipo 2 envolve períodos mais breves e menos extremos de euforia, intercalados com longos períodos de depressão. Para alguém que oscila entre estados emocionais, pode parecer impossível encontrar o equilíbrio necessário para levar uma vida saudável.
Os altos e baixos extremos do Tipo 1 são conhecidos como episódios maníacos e podem fazer com que uma pessoa passe de irritada a invencível. Mas esses episódios de euforia excedem os sentimentos comuns de alegria, causando sintomas preocupantes como pensamentos acelerados, insônia, fala rápida, ações impulsivas e comportamentos de risco.
Sem tratamento, esses episódios se tornam mais frequentes, intensos e demoram mais para desaparecer. A fase depressiva do transtorno bipolar se manifesta de várias maneiras: mau humor, diminuição do interesse por hobbies, alterações no apetite, sentimento de inutilidade ou culpa excessiva, sono excessivo ou insuficiente, inquietação ou lentidão, ou pensamentos persistentes de suicídio.
Em todo o mundo, cerca de um a três por cento dos adultos apresentam a ampla gama de sintomas que indicam transtorno bipolar. A maioria dessas pessoas são membros funcionais e contribuintes da sociedade, e suas vidas, escolhas e relacionamentos não são definidos pelo transtorno, mas ainda assim, para muitos, as consequências são graves.
Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria e a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar as estimativas indicam que a condição afeta cerca de 6 a 8 milhões de brasileiros. Essa prevalência equivale a aproximadamente 4% da população brasileira, sendo um dos transtornos mentais que mais causa incapacitação quando não tratado.
A doença pode prejudicar o desempenho educacional e profissional, os relacionamentos, a segurança financeira e a segurança pessoal.
Então, o que causa o transtorno bipolar? Pesquisadores acreditam que um fator-chave é a complexa rede elétrica do cérebro. Cérebros saudáveis mantêm conexões fortes entre os neurônios graças aos esforços contínuos do cérebro para se podar e remover conexões neurais não utilizadas ou defeituosas.
Esse processo é importante porque nossas vias neurais servem como um mapa para tudo o que fazemos. Usando imagens de ressonância magnética funcional, cientistas descobriram que a capacidade de poda do cérebro é prejudicada em pessoas com transtorno bipolar.
Isso significa que seus neurônios ficam descontrolados e criam uma rede impossível de navegar. Com apenas sinais confusos como guia, pessoas com transtorno bipolar desenvolvem pensamentos e comportamentos anormais.
Além disso, sintomas psicóticos, como fala e comportamento desorganizados, pensamentos delirantes, paranoia e alucinações, podem surgir durante as fases extremas do transtorno bipolar. Isso é atribuído à superabundância de um neurotransmissor chamado dopamina.
Mas, apesar dessas descobertas, não podemos atribuir o transtorno bipolar a uma única causa. Na realidade, é um problema complexo.
Por exemplo, a amígdala cerebral está envolvida no pensamento, na memória de longo prazo e no processamento emocional. Nessa região do cérebro, fatores tão variados quanto a genética e o trauma social podem criar anormalidades e desencadear os sintomas do transtorno bipolar.
A condição tende a ser hereditária, então sabemos que a genética tem muito a ver com ela. Mas isso não significa que exista um único gene bipolar.
Na verdade, a probabilidade de desenvolver transtorno bipolar é determinada pelas interações entre muitos genes em uma receita complexa que ainda estamos tentando entender. As causas são complexas e, consequentemente, diagnosticar e conviver com o transtorno bipolar é um desafio. Apesar disso, o transtorno é controlável.
Certos medicamentos, como o lítio, podem ajudar a controlar pensamentos e comportamentos de risco, estabilizando o humor. Esses medicamentos estabilizadores do humor atuam diminuindo a atividade anormal no cérebro, fortalecendo assim as conexões neurais viáveis.
Outros medicamentos frequentemente usados incluem antipsicóticos, que alteram os efeitos da dopamina, e a terapia eletroconvulsiva, que funciona como uma convulsão cuidadosamente controlada no cérebro, às vezes usada como tratamento de emergência.
Alguns pacientes bipolares rejeitam o tratamento por medo de que ele abafe suas emoções e destrua sua criatividade. Mas a psiquiatria moderna está ativamente tentando evitar isso.
Hoje, os médicos trabalham com os pacientes caso a caso para administrar uma combinação de tratamentos e terapias que lhes permita viver ao máximo seu potencial.
E além do tratamento, pessoas com transtorno bipolar podem se beneficiar de mudanças ainda mais simples. Isso inclui exercícios regulares, bons hábitos de sono e abstinência de drogas e álcool, sem mencionar a aceitação e a empatia de familiares e amigos.
Lembre-se: o transtorno bipolar é uma condição médica, não é "frescura" da pessoa, nem de toda a sua identidade, e é algo que pode ser controlado por meio de uma combinação de tratamentos médicos atuando internamente, amigos e familiares promovendo aceitação e compreensão externamente, e pessoas com transtorno bipolar se capacitando para encontrar o equilíbrio em suas vidas.
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