![]() | Da poderosa civilização Maia, que dominou a Mesoamérica por mais de três milênios e meio, restam apenas quatro livros. Somente um deles é anterior à chegada dos exploradores espanhóis no século XVI: o Códice Maia do México, criado entre 1021 e 1152. Embora incompleto e em mau estado de conservação, sua arte -colorida em alguns trechos com materiais preciosos- evoca vividamente uma visão de mundo ancestral praticamente perdida. No vídeo que dá contexto a este post, os historiadores Andrew Turner e Lauren Kilroy-Ewbank contam o que vemos no livro mais antigo das Américas. |

- "Este livro tem uma história controversa", diz Andrew. - "Durante muito tempo, foi considerado uma falsificação devido às estranhas circunstâncias em que surgiu."
Após sua descoberta em uma coleção particular na Cidade do México, na década de 1960, espalhou-se o boato de que teria sido saqueado de uma caverna em Chiapas.
Inicialmente considerado uma falsificação por especialistas, devido à sua falta de semelhança com outros textos maias existentes, seu caráter autêntico só foi verificado em 2018.
Para um leigo, a pergunta permanece: do que trata o Códice? Seu propósito, como afirma Lauren, é astronômico, transmitindo informações sobre o ciclo do planeta Vênus, que era considerado um planeta perigoso pelos maias.
O Códice contém registros do ciclo de 584 dias de Vênus ao longo de 140 anos, testemunhando o escrutínio que os astrônomos maias dedicaram ao seu complexo padrão de ascensão e queda.
Assim, eles conseguiram determinar algo que muitas civilizações antigas não conseguiram: que Vênus era tanto a Estrela da Manhã quanto a Estrela da Tarde, embora parecessem estar mais interessados no que seus movimentos revelavam sobre as intenções das divindades que, em sua visão, a controlavam, e, portanto, na probabilidade de eventos como guerras ou fomes.
Esses deuses não eram benevolentes: uma página mostra uma divindade esquelética assustadora com uma faca cega saindo de sua cavidade nasal, segurando “uma lâmina gigante e serrilhada com uma mão e o cabelo de um cativo cuja cabeça ele acabou de decepar, com a outra.
Essa dificilmente é a imagem que nos vem à mente moderna quando contemplamos o céu noturno, mas, afinal, não vemos as coisas como os maias as viam.
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