Lembra de Oumuamua, aquele asteróide de forma alongada que passou pelo Sistema Solar em outubro do ano passado? Desde então, os astrônomos tentam buscar explicações naturais a suas estranhas características físicas. Dois pesquisadores, Shmuel Bialy e Abraham Loeb, do Harvard Smithsonian Center for Astrophysics acabam de publicar um interessante relatório sobre a aceleração de Oumuamua quando atravessou o Sistema Solar. Sua conclusão é que se deve a algum tipo de propulsão e apontam que esse tipo de movimento encaixa com o de um veículo artificial impulsionado pela luz.

Avi Loeb é diretor do departamento de Astronomia da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. No que ele chama de "modéstia cósmica", para fazer referência à arrogância de achar que o ser humano está só no universo, o especialista insiste com sua hipótese de que o asteróide Oumuamua poderia ser controlado por "seres inteligentes". Esta ideia valeu-lhe o repudio de seus colegas. Segundo Loeb:

O objeto interestelar Oumuamua, avistado por cientistas de um observatório havaiano em 2017, foi o primeiro sinal de vida inteligente para além da Terra detectado em nosso Sistema Solar. Assim assegura Avi Loeb, diretor do Departamento de Astronomia da Universidade de Harvard, em seu novo livro, "Extraterrestrial: The First Sign of Intelligent Life Beyond Earth" que será lançado no final deste mês. Um resumo promocional da obra recorda a tese principal do autor, segundo a qual o objeto cósmico se comportou de maneira estranha ao viajar pela nossa vizinhança do espaço, que só poderia ter vindo de outra estrela.

Em 8 de janeiro de 2014, uma bola de fogo vinda do espaço atravessou a atmosfera da Terra e caiu no mar, ao norte da Ilha Manus, na costa nordeste de Papua Nova Guiné. Sua localização, velocidade e brilho foram registrados por sensores do governo dos EUA e discretamente guardados em um banco de dados de eventos semelhantes. Esses dados permaneceram por cinco anos uma fonte de discórdia até que Avi Loeb, um astrofísico teórico da Universidade de Harvard, e Amir Siraj, então um estudante de graduação da universidade, tropeçaram neles em 2019. Com base em sua velocidade e direção registradas,Amir identificou a bola de fogo como uma exceção extrema.

Avistamentos de OVNIs foram registrados ao longo da história ao longo dos séculos, mas temos que avançar até 24 de junho de 1947 quando o frenesi de OVNIs nos Estados Unidos realmente decolou com o incidente ocorrido em Roswell. Em 17 de maio de 2022, o Congresso americano teve sua primeira audiência sobre OVNIs em mais de 50 anos em resposta à pressão de grupos de defesa por mais transparência e desclassificação de informações. E nesse mesmo ano a NASA anunciou que também está se juntando à caça aos OVNIs. Por que todo este interesse agora?