A colorização de fotos antigas em preto e branco é uma das práticas artísticas mais interessantes e incríveis dos editores gráficos, agora o processo foi elevado a um novo nível: além da colorização, o trabalho experimental de Seccovan consiste em não apenas em colorizar senão que animar algumas imagens da construção de edifícios emblemáticos. No teste podemos ver alguns segundos com imagens da Ponte da Torre de Londres (1889), a Basílica do Sagrado Coração de (1880) e a Torre Eiffel de Paris (1888).

O canal do Youtube Glamour Daze, dedicado a moda e beleza, também decidiu utilizar redes neurais de aprendizado profundo para remasterizar um clipe de filme da atriz de cinema mudo Pola Negri tomando seu assento no então saltitante na Guinguette de Robinson do Pavillon Lafontaine. A filmagem original, feita em 1927 no auge dos loucos anos 20, foi aprimorada com colorização e alta definição 4K que roda a 60 quadros por segundo. Essa aparência atualizada foi obtida por meio d a IA, que suavizou as arestas e iluminou o original.

Neural Networks and Deep Learning é um canal de YouTube especializado em restaurar antigos filmes mediante algoritmos que colorizam as imagens e as devolvem parte do esplendor original com o que as viram quem as gravaram. Seu últimos trabalho é um novo vídeo da catástrofe do Hindenburg, com efeito, uma das melhores restaurações feitas até agora, do acidente de 6 de maio de 1937, quando o dirigível alemão LZ 129 Hindenburg resultou completamente destruído em um aparatoso incêndio que destruiu por completo a aeronave.

Às vezes, uma fotografia pode ser a última lembrança de uma pessoa ou de um evento marcante em nossas vidas, mas que o tempo pode invariavelmente danificar se não for muito bem conservada. Aí entram em jogo os peritos em restauração, e poucos são tão bons quanto a ucraniana Tetyana Dyachenko. Ela é especialista em retocar fotos vintage tão extremamente danificadas, que muitas vezes aparentemente parecem não ter recuperação. Utilizando suas habilidades para fotochopar, Tetyana é capaz de recuperar (e recriar) detalhes extremamente finos das fotos deterioradas.

Os alunos do primeiro ano de computação gráfica na Escola de Arte Bellecour tiveram que criar efeitos especiais em fotografias antigas, documentos históricos icônicos que são cada vez mais vistos atualmente em nossas telas com o advento de colorização de fotos. Sem vídeos da época, os jornalistas tendem cada vez mais a animar fotografias para ilustrar as suas reportagens.

Já é conhecida a afeição de alguns emedigueanos (minha também) pela colorização de fotos antigas, principalmente aquelas que, como lembrado inteligentemente pelo Luciano Blues dias atrás, causam um nó no cérebro acostumado a vê-las naturalmente em P&B e que parecem de uma realidade paralela quando coloridas. O que deve ser o caso da maioria das imagens deste post, colorizadas pela artista sueca Sanna Dullaway.

Em 1972, o comandante da Apollo 16, John Young, registrou imagens do astronauta Charlie Duke testando o veículo lunar movido a eletricidade, dirigindo pelas colinas e crateras da superfície da lua. Esta filmagem, carinhosamente conhecida como “Grand Prix do LRV da Apollo", teve seu áudio e vídeo estabilizado pela NASA em 2019. Agora, o editor de vídeo Denis Shiryaev restaurou a gravação ainda mais com resolução de imagem de alta definição 4K a 60 quadros por segundo, usando redes neurais para suavizar as partes serrilhadas, adicionou uma trilha sonora relaxante e um pouco de colorização.

Eu jamais vou me cansar de elogiar e me encantar com estas fotografias restauradas e reimaginadas que mudam a forma em que percebemos o passado. Já que vivemos a era do excesso de informação da imagem e do vídeo, nossa lembrança é amplamente colorida, e uma imagem em preto e branco quase parece de um outro mundo ou de que a vida de nossos antepassados era chata e em tons váriados de cinza lúgubre e triste. Não obstante, através do processo de colorização, esse mundo se torna mais familiar, mais ontem, mais fácil de imaginar e de se conectar com ele.

Uma impressionante restauração de imagens de arquivo feitas há 88 anos proporciona um visão colorizada do último lobo-da-tasmânia em cativeiro. Eles foram vistos pela última vez na década de 1930 e não há imagens coloridas deles. O único vídeo que temos ,de aproximadamente 100 segundos ao todo, mostra espécimes em cativeiro, tudo em preto e branco. Também não há gravações de suas vocalizações e tampouco imagens deles na natureza selvagem, ainda que de tempos em tempos um australiano apresente imagens desfocadas de um suposto animal remanescente.

No desfile de moda organizado por mulheres da Associação Cristã de Moças do Japão (YCWA), viajamos no tempo 91 anos para Kyoto, no Japão, quando Mukaye San descreve vestidos tradicionais japoneses como o kimono, faixa ou cinto obi, chinelos zori e as clássicas tamancos geta de madeira. Mukaye observa que, em tempo chuvoso, as mulheres usam getas mais altos. O filme faz parte da Hemeroteca de Pesquisa de Imagens e Filmes da Universidade da Carolina do Sul, nos EUA, cujo vídeo e áudio foram restaurados digitalmente usando técnicas de aprendizado profundo baseados em inteligência artificial.