No sul da Toscana, há uma misteriosa rede de caminhos antigos profundamente encravados em rochas maciças que parecem cânions estreitos ladeados por muros de pedra, alguns dos quais se elevam até vinte metros de altura. Alguns dos caminhos conectam cemitérios e tumbas, outros levam direto a cidades como Sovana, Sorano e Pitigliano e a campos e riachos próximos. Marcas de cinzel são visíveis por toda a superfície rochosa, indicando o laborioso processo pelo qual essas passagens foram escavadas, mas com que propósito é um mistério.

No auge do verão na Sibéria, próximo à fronteira com o Cazaquistão, o Lago Burlinskoye passa por uma transformação psicodélica, adquirindo um intenso tom de rosa ou vermelho. Isso acontece porque a halobactéria -também conhecida como "bactéria do sal"-, assim como uma microalga chamada Dunaliella salina abundam na água do lago lhe emprestando um forte cor rosa-chiclete. Apesar do acesso precário ao lago, a vista atrai turistas de longe, alguns dos quais vão para se banhar em suas águas cujo lodo de lama e sal no fundo tem propriedades curativas que podem aliviar doenças comuns da pele e respiratórias.

Acredita-se que esta imponente exemplar de ginkgo biloba, também conhecida como nogueira-do-japão ou árvore-avenca, localizada na vila de Bangye-ri, na Coreia do Sul, tenha pelo menos 800 anos e atrai visitantes de todos os lugares. Principalmente quando é adornada com sua plumagem dourada outonal. Como uma perfeita celebração do outono boreal, suas folhas, que são naturalmente verdes, ganham um tom de amarelo dourado e começam a cair coincidindo com o início do mês de outubro, transformando o solo do local em um lindo e onírico tapete amarelo.

Se você fizer uma busca no Youtube por "Oslo - Bergen Train", ou simplesmente "Bergensbanen", vai encontrar dezenas de vídeos com milhões de visualizações, mas o que é mais estranho é que estes vídeos tem quase sempre 7 horas e alguns poucos minutos que é a duração da viagem de 496 km que conecta a elegante capital da Noruega, Oslo, com sua cidade mais pitoresca, Bergen. Segundo vários sites especializados em turismo e viagens, a ferrovia Oslo-Bergen com 39 estações é uma das mais belas viagens de trem do mundo, além de ser a rota ferroviária mais alta do norte da Europa.

Um dragão de terra e pedra com 20 mil quilômetros serpenteia ao longo das províncias chinesas, com uma história tão longa e sinuosa quanto a sua estrutura. A Grande Muralha começou como múltiplas muralhas de terra prensada construídas por estados feudais individuais, durante o período Chunqiu como proteção contra invasores nômades do norte da China, e de uns contra os outros. Quando o imperador Qin Shi Huang unificou os estados em 221 a.C, o Planalto do Tibete e o Oceano Pacífico se tornaram barreiras naturais, mas as montanhas do norte ainda eram vulneráveis às invasões mongóis, turcas, e dos xiongnus.

No arquipélago de Esvalbarda, a 78 graus de latitude norte, fica Longyearbyen, a cidade mais setentrional do mundo com uma população permanente. Fundada em 1906 pelo empresário americano John Munroe Longyear como uma cidade mineira, este povoado norueguês evoluiu ao longo de mais de um século para se tornar num fascinante microcosmo da vida humana no Ártico. Com as suas ruas cobertas de neve durante grande parte do ano e os seus edifícios erguidos sobre palafitas para evitar o derretimento do permafrost, Longyearbyen oferece uma visão única sobre como os humanos se adaptam a condições extremas.

As Perseidas, uma das chuvas de meteoros mais prolíficas do ano, atingiram o pico esta semana, fazendo chover dezenas de "estrelas cadentes" por hora nos céus da Terra. Alguns observadores de estrelas sortudos capturaram uma dupla característica de meteoros e auroras deslumbrantes, que foram desencadeadas por uma onda de poderosas erupções solares no início da semana. Outros, como o astrofotógrafo Josh Dury, baseado no Reino Unido, caçaram meteoros em locais tematicamente apropriados, a saber, o monumento astronômico pré-histórico Stonehenge em Wiltshire, Inglaterra.

Localizados na parte sul da Alemanha, na fronteira com a Áustria, os Alpes Bávaros, também conhecidos como Alpes Alemães, Alpes da Baviera, são uma cadeia de montanhas deslumbrante, famosos por suas paisagens de tirar o fôlego e vilas pitorescas. A região abriga o Zugspitze, o pico mais alto da Alemanha, com 2.962 metros. O local merece destaque na lista de viagens de todo amante da natureza ou aventureiro. A área também é famosa por suas muitas trilhas para caminhadas, resorts de esqui e instalações para esportes de inverno.

Em 2005, o economista alemão Stefan Ziemendorff, que trabalhava em um projeto de águas residuais na província do Amazonas, no Peru, fez uma pausa em seu trabalho para fazer uma caminhada no vale de Utcabamba, em busca de uma das abundantes reservas pré-incas em uma região onde a floresta amazônica colide com a Cordilheira dos Andes. Quando cruzou em uma ravina cega, ele avistou algo inesperado: uma imponente cachoeira de dois níveis ao longe que não aparecia em nenhum mapa. Como costuma acontecer com europeus, ele conferiu para sim a descoberta.

O fotógrafo italiano Mattia Bicchi é um mestre da fotografia de time-lapse, incluindo o subconjunto excepcionalmente desafiador e exigente do time-lapse da Via Láctea. A nova compilação do artista, apresentada em glorioso 8K HDR para aqueles com telas adequadas, reúne uma década do melhor trabalho de astrofotografia de Mattia em um único vídeo de 13 minutos, e é totalmente hipnotizante. Em seus 10 anos de fotografia de time-lapse da Via Láctea, Mattia aprendeu muito. Ele conta que a lição número um foi "paciência, muita paciência".

O Salar de Uyuni é o maior deserto de sal da Terra, estendendo-se por aproximadamente 11.000 km², com mais de 10 bilhões de toneladas de sal, através do planalto andino. Uyuni é famoso por suas extensões brilhantes de sal banhadas em água, e pelos padrões hipnotizantes de favo de mel encontrados nos cantos mais secos do deserto. A salina tem uma elevação média de 3.660 metros acima do nível do mar, mas nem sempre foi assim. Cerca de 5 milhões de anos atrás, a região onde as montanhas dos Andes estão hoje era baixa e o clima se tornou árido.

O lago da cratera é conhecido por vários nomes. Foi conhecido pela primeira vez, pelo menos para os não-nativos americanos, como "Lago do Azul Profundo", assim denominado em 1853 por seu "descobridor", John Wesley Hillman, um garimpeiro americano. Mais tarde, em 1885, foi apelidado de "Lago Majestade", e finalmente Lago da Cratera. Hoje, o lago e parque nacional homônimo são destinos populares para caminhantes e campistas, mas já foi o local de uma enorme agitação geológica e uma das maiores erupções vulcânicas já testemunhadas pelo ser humano.