Brasil: 71º de 142 países na desigualdade de gênero

Desde 2006, o World Economic Fórum realiza o Relatório Global da Desigualdade de Gênero, com a finalidade de qualificar diversos países com respeito à brecha entre mulheres e homens em termos de saúde, educação, economia e indicadores políticos. Em uma escala de 0 a 1, sendo um a pontuação máxima para denotar a igualdade, são qualificados cada uma das categorias rubros que compõem o relatório. O Brasil, em termos gerais, tem uma qualificação de 0,6941, a mesma que o situa na posição 71 a nível mundial e em na posição 16 a nível regional.

O relatório faz uma medida do tamanho da iniquidade da brecha de gênero em quatro áreas:

1. Participação e oportunidade econômicas: salários, participação e liderança;
2. Educação: acesso a níveis de educação básicos e superiores;
3. Saúde e sobrevivência: expectativas de vida e a proporção homem-mulher;
4. Força política: representação nas estruturas de tomada de decisões.

Em decorrência da primeira medida à última (2006-2014) alguns países mostraram avanços significativos, fechando as desigualdades de gênero consecutivamente. Como é o caso dos países nórdicos (Islândia, Finlândia, Noruega e Suécia), onde se registram as sociedades onde o gênero é mais neutro em comparação com o resto do mundo. Por outro lado, Iêmen, Paquistão, Chade e Síria, são os países que mais desigualdade apresentam.

No caso de América Latina os países com menores níveis de desigualdade são Nicarágua, Equador e Argentina; enquanto Suriname, Belize, Guatemala e Venezuela apresentam o maior grau de desigualdade.

O Brasil a nível mundial está situado na posição número 71, e no ranking regional (América Latina) está na posição número 16 de 26 países contemplados pelo relatório.

A categoria onde existe maior desigualdade em nosso país corresponde ao de Poder Político, com uma qualificação de 0,1476; seguido de Participação e Oportunidade Econômicas com uma pontuação de 0,6491; depois encontra-se o âmbito da saúde e sobrevivência com uma qualificação de 0.9796 e por último o referente à Educação, com 1.

Em termos gerais o relatório revela que, entre os 142 países tomados em conta, a categoria em que a brecha de gênero é mais estreita é em termos de saúde e sobrevivência. A brecha da educação é a seguinte mais estreita, e é de 94% em todo mundo. Neste quesito, 25 países fecharam a desigualdade por completo.

Um dos objetivos do relatório é compreender se os países distribuem seus recursos e oportunidades de maneira equitativa entre mulheres e homens, buscando gerar informação apropriada para os países em termos de igualdade de gênero, pois a expectativa, baseada na tendência com a qual avançam os países atualmente, é que em 81 anos não existiriam mais desigualdades de gênero.

Veja o ranking completo: