James Damore e outro ex-empregado do Google processam à companhia por discriminação

James Damore, o engenheiro que foi despedido do Google depois de escrever um extenso documento em que propunha uma discussão sobre as políticas de inclusão e tolerância e que falava das mulheres como menos propensas biologicamente para trabalhar em tecnologia, e mais preparadas naturalmente para trabalhar na área de humanas decidiu processar a companhia por discriminar homens conservadores de raça caucasiana.

Trata-se de uma demanda coletiva apresentada junto a outro ex-empregado do Google chamado David Gudeman, um engenheiro que trabalho 3 anos em um motor de buscas para a empresa. A demanda diz que ambos expressaram pontos de vista sobre temas políticos que se apartavam da opinião majoritária de Google e foram sistematicamente assinalados, maltratados e castigados pela empresa em violação de seus direitos legais.

- "Damore, Gudeman e outros membros da demanda coletiva foram condenados ao ostracismo, menosprezados e castigados por suas opiniões políticas heterodoxas, e pelo pecado adicional de suas circunstâncias de nascimento, por serem homens e de raça caucasiana", acrescenta.

O famoso documento de Damore se tornou viral dentro da companhia quando alguns colegas decidiram relatar o caso ao RH com uma queixa por meio de trabalho hostil. A resposta do CEO do Google, Sundar Pichai, foi despedir Damore por violar o código de conduta da empresa e perpetuar estereótipos de gênero danosos no lugar de trabalho.

Fora do Google, Damore converteu-se em um mártir para grupos ultraconservadores como a "direita alternativa" americana e continuou defendendo suas ideias em Twitter, onde tem uma foto de perfil com uma camiseta que diz "Goolag" (se pronuncia gulag) com a tipografia do Google.

Você deve se lembrar do documento, chamado pelos politicamente corretos de "manifesto de anti diversidade e sexista", que na verdade pedia exatamente isso, respeito a diversidade e questionava o problema das políticas de inclusão e tolerância para combater o racismo que facilmente se excedem em seu espírito e terminam transformadas em "discriminação positiva", caindo no extremo oposto mas sendo tão ilegal ante a lei como o é o próprio racismo.

Por trás de Damore vão estar grupos do "Alt-Right", os mesmos que levaram Trump ao poder; por trás de Google estarão seus milhões e esta geração que acha que "palavras machucam". O duelo vai ser feio.