![]() | O Governo da República Democrática do Congo proibiu na passada quarta-feira a extração de ouro em uma colina da aldeia Luhihi, na província oriental de Kivu do Sul. A jazida foi encontrada pelos camponeses locais no final de fevereiro. De imediato gerou uma autêntica febre do ouro, e fez com que dezenas de pessoas escavassem o morro com instrumentos tão simples como pás e picaretas. No início desse mês surgiram na rede vários vídeo em que podemos ver o entusiasmo dos improvisados mineiros. |

A mineração de subsistência -extração de minerais com ferramentas rudimentares- é comum em toda a República Democrática do Congo, e a mineração "artesanal" de ouro é especialmente difundida no leste e nordeste produtor de ouro do país.
Segundo podemos apreciar nas lidas de lavagem do metal mostrada nos vídeos, as terras da colina realmente contêm ouro e sua concentração seria entre 60 e 90%.
A febre do ouro propagou-se não só entre aldeões e mineiros, senão ademais entre alguns soldados das Forças Armadas do Congo. Todos eles foram obrigados a deixar os locais da mina e todas as atividades de mineração foram suspensas até novo aviso, devido a um decreto do governo.
- "Na localidade floresceu a 'desordem' e é necessário a restauração da ordem não só para proteger vidas, senão também para garantir a rastreabilidade do ouro produzido de acordo com a lei congolesa", disse o ministro das Minas do Sul de Kivu, Venant Burume Muhigirwa.
Muhigirwa disse que a suspensão da mineração permitirá que as autoridades identifiquem os mineiros e garantam que estejam devidamente registrados junto aos órgãos reguladores da mineração artesanal.
A produção de ouro no Congo é sistematicamente subnotificada e toneladas do metal precioso são contrabandeadas para cadeias de abastecimento globais através de seus vizinhos orientais.
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