![]() | À noite, nos desertos do sul da Califórnia e do Arizona, raposas, corujas e cobras perseguem incansavelmente um pequeno rato-canguru (Dipodomys). Mas o bichinho salta, chuta e decola em fugas agitadas, contorcidas e sensacionais. Mas de vez em quando um cai nas garas de seu predor, de fato, eles são bem-sucedidos quatro vezes em cinco escapadas, o que é relevante devido aseu tamanho. Os ratos-canguru têm a incrível habilidade de pular alto no momento certo. Os biólogos acreditam que isso provavelmente vem de sua audição aguçada, que é 90 vezes mais sensível do a humanas, permitindo que reajam em apenas 50 milissegundos. |

Além de sua audição bem ajustadas, a musculatura altamente desenvolvida dos ratos-canguru do deserto gera muita força rapidamente, resultando em saltos quase dez vezes maiores que sua altura corporal. Ele consegue alcançar quase 3 metros no salto, o que equivale a um ser humano médio saltar 18 metros.
Essas vantagens biológicas são essenciais para a sobrevivência e para seus ecossistemas, pois os ratos-canguru são considerados pelos ecologistas como essenciais para a dispersão de sementes e aeração do solo desértico com suas extensas redes de tocas, passando a maior parte do tempo ao ar livre em busca de alimentos.

Eles puxam, descascam e enfiam as sementes nas bolsas forradas de pele com as mãos minúsculas, que ficam enfiadas abaixo do queixo. As sementes fornecem sua fonte primária de alimento e água nos desertos agrestes, e consomem tão pouco líquido que raramente urinam.
Na verdade, as espécies que habitam áreas desérticas são conhecidas por serem capazes de obter sua hidratação exclusivamente da produção de água metabólica, ou seja, água proveniente do metabolismo da glicose, que em seres humanos fornece apenas de 8 a 10% da hidratação. Apesar disso, a afirmação de que não bebem água se conseguirem encontra-la é falsa.

A ascensão da agricultura e o uso de pesticidas teve uma grande impacto negativo nas populações desses ratos. Os alimentos e as nozes para esses roedores começaram a desaparecer, causando um forte decréscimo de exsemplares. Com efeito, das 19 espécies, 3 já foram declaradas extintas pela IUCN.
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