![]() | Em meados dos anos 90, a industrialização mudou drasticamente a indústria cerâmica em Gujarat, na Índia, fechando fábricas e deixando muitos desempregados. Vinte anos atrás, Mansukhabhai Prajapati, proprietário de uma fábrica de cerâmica de várias gerações chamada Mitticool, viu uma oportunidade de ajudar as pessoas e ao mesmo tempo salvar sua empresa de uma falência iminente. Após um terremoto devastador em 2001, muitos indianos perderam a eletricidade necessária para alimentar aparelhos básicos, especialmente geladeiras. |

Em resposta, o inovador Mansukhabhai mudou o processo cerâmico de sua fábrica, encontrando o ponto ideal entre as técnicas artesanais tradicionais e a tecnologia moderna. Isso levou a custos indiretos mais baixos, um ambiente de trabalho mais seguro e a invenção do refrigerador de cerâmica, um que não necessitava eletricidade e custava apenas US$ 40.
Mas como assim refrigerador sem eletricidade? Mansukhabhai se valeu dos princípios de vaporização e filtração, os mesmos utilizados pelos filtros de barro e moringas da casa da vovó, que mantém a água fresquinha mesmo em temperaturas cálidas. Mas como diabos a água se mantém fria dentro do filtro de barro? Se não colocamos água na geladeira, o esperado seria que ela se aquecesse a temperatura ambiente, certo?
Errado! A explicação para esse fenômeno surge da capacidade da água de se vaporizar e da composição dos filtros. O barro é poroso e permite que a água passe através dele. Parte dessa água evapora, tomando calor do filtro e do restante da água, esta é então resfriada naturalmente. Nesse caso o refrigerador de barro pode manter os alimentos com uma temperatura 8 graus mais fria do que o ar externo.
O sucesso do refrigerador cerâmicos finalmente tornou a fábrica lucrativa e triplicou seu portfólio de produtos. Hoje, emprega 150 artesão que criam 23.000 peças ecológicas todos os dias para consumidores em todo o mundo.
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