
23 de março de 1989 é comemorado como "Dia do Quase Acidente", e por uma boa razão. Naquele dia, a Terra passou por um triz quando um asteróide de oitocentos metros de diâmetro (4581 Asclepius) passou zunindo e "tirando fino" de nós a uma distância de 640 mil quilômetros.
Na escala linear isso é uma grande distância, lógico. Na escala cósmica das coisas, foi quase uma "lambida". E o pior do episódio é que a Terra estivera naquele mesmo local apenas seis horas antes. E "mais pior" ainda foi que nós não soubemos do encontro imediato até nove dias depois.
Os geofísicos estimam que uma colisão com Asclepius liberaria energia comparável à explosão de uma bomba atômica de 600 megatons. A colisão teria efeitos catastróficos em nosso planeta. Os cientistas descobriram o asteróide apenas em 31 de março de 1989, nove dias após sua maior aproximação da Terra.
A "visita" indesejada mais próxima desde então foi em janeiro de 1991, quando um asteróide de aproximadamente 9 metros de diâmetro passou a 170 quilômetros da Terra, a metade da distância entre a Terra e a Lua.
Parece coisa de Michael Crichton, mas, na verdade, a ameaça é muito real, mesmo que as probabilidades estejam a nosso favor. No momento, existem cerca de 2.000 grandes corpos -também conhecidos como OPTs (Objetos Próximos à Terra)- que cruzam a órbita da Terra e, em teoria, podem nos atingir.
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