![]() | Existem plantas que são melhor, ou, às vezes, só polinizadas por um inseto específico. Isso é notoriamente verdade para o maracujá que precisa da mamangava para transferir o pólen das anteras de uma flor para os estigmas de outra flor em outro pé. Também é para as orquídeas do gênero catasseto, autóctone da região central brasileira, que exigem que a abelha-das-orquídeas (Euglossini) ajude a transportar o pólen entre as plantas com flores masculinas e femininas do catasseto neotropical. O abelhão também costuma fazer isso com essas orquídeas, principalmente com as denticulatum. |

Essas orquídeas desenvolveram um pouco de engenharia eficaz: um gatilho que cola com força um feixe de pólen nas costas das abelhas. As abelhas logo descobrem que as flores masculinas são lugares bastante desagradáveis para se visitar, então partem em busca de uma refeição que não as espante com o lombo cheio de pólen.
É bem possível que seja por isso que as flores dos sexos individuais parecem tão diferentes umas das outras. À medida que as abelhas visitam as flores femininas, os sacos de pólen em suas costas se encaixam em um sulco perfeito e, assim, a polinização é alcançada.
Sir David Attenborough demonstra esse mecanismo incomum de polinização neste clipe NatureBites da série de documentários de história natural Kingdom of Plants.
A segunda metade do clipe mostra como a orquídea-cometa-de-Madagascar, também chamada de orquídea-de-Darwin do gênero Angraecum, é polinizada pela mariposa-esfinge. A probóscide extraordinariamente longa do inseto o torna o único polinizador capaz de alcançar o longo esporão da orquídea-cometa para alcançar o néctar.
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