![]() | As 23 mil minas de carvão abandonadas, que ocupam 26 mil quilômetros quadrados, nos Estados Unidos, deixam para trás a poluição tóxica que contamina os cursos d'água por décadas. E como não há como selar completamente as minas antigas, o impacto ambiental parece não ter fim. Os riachos locais não são apenas desprovidos de vida aquática, mas também têm cor laranja, vermelho e marrom, como se fossem de um deslizamento de terra rio acima. As cores são principalmente o produto de óxido de ferro: a mesma matéria-prima usada para fazer muitas cores de tinta. |

John Sabraw, professor de arte da Universidade de Ohio que também está interessado em sustentabilidade, notou pela primeira vez os efeitos da drenagem ácida de mina (DAM) ao explorar a área do rio Sunday Creek, no sudeste de Ohio, com um grupo ambientalistas em 2007.
Ele descobriu que a água das minas é quase impossível de limpar e prejudicial ao ecossistema, mas tem uma coisa a seu favor: o óxido de ferro é um ingrediente essencial para o pigmento encontrado na tinta. Depois de entender a origem da descoloração da água, achou que seria fantástico usar esse fluxo tóxico para fazer tintas.
O processo único de transformar poluição em produtos é sustentável e principalmente manual, e o grupo está fazendo planos para expandir e reaproveitar séculos de resíduos em todo o mundo.
Empreendimentos comerciais já coletaram óxido de ferro de descargas ácidas de minas antes. Quando aquecido, o óxido de ferro muda de cor, de amarelo para vermelho para roxo, dependendo da temperatura. Quase 240.000 toneladas dele são usadas nos EUA a cada ano, grande parte importado da China, para produzir tintas a óleo e acrílicas e para tingir tudo, de cosméticos a concreto.
Tradicionalmente, as empresas retiram o óxido de ferro de corpos como o Sunday Creek desviando o fluxo para lagoas de sedimentação e depois evaporando a água. Mas isso não faz nada para desintoxicar o fluxo de origem. John espera adotar uma abordagem diferente no entanto. Com base na pesquisa de outro professor da Universidade de Ohio, Guy Riefler, eles pretendem reduz a acidez, remove o óxido de ferro e devolver a água limpa ao rio.
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