![]() | No início de 1942, os Estados Unidos acabavam de entrar na Segunda Guerra Mundial depois do ataque a Pearl Harbor, no Havaí. O então presidente Franklin Roosevelt estava pronto para considerar qualquer ideia para vencer a guerra, por mais maluca que fosse, desde camuflagem ofuscante até a construção de uma arma nuclear. Mas a ideia mais maluca veio de Lytle S. Adams, um cirurgião-dentista de Irwin, no estado norte-americano da Pensilvânia, que era conhecido da primeira-dama Eleanor Roosevelt. |

Ele acreditava que os militares deveriam lançar pequenas bombas incendiárias nos prédios de Tóquio usando morcegos-de-cauda-livre-brasileiros (Tadarida brasiliensis.
Claro, era uma ideia maluca, e exige muita credibilidade, mas uma rápida olhada na página da Wikipédia sobre o assunto provará que sim, isso realmente aconteceu.
A inspiração para a sugestão de Lytlefoi uma viagem que ele fez ao Parque Nacional das Cavernas de Carlsbad, que abriga muitos morcegos. Ele então escreveu sobre sua ideia de morcegos incendiários em uma carta à Casa Branca em janeiro de 1942, pouco mais de um mês após o ataque a Pearl Harbor.
Lytle ficou intrigado com a força dos morcegos e sabia que eles empoleiram-se antes do amanhecer. Ele também sabia que a maioria dos edifícios em Tóquio eram construídos de madeira em vez de concreto.
Assim ele acreditava que se incendiários de liberação lenta pudessem ser anexados aos morcegos, algum tipo de contêiner contendo-os poderia ser lançado sobre a cidade após o anoitecer e os morcegos simplesmente empoleirariam-se e queimariam Tóquio até o chão.
A bomba consistia em um invólucro em forma de bomba com mais de mil compartimentos, cada um contendo um morcego hibernando com uma pequena bomba incendiária temporizada acoplada.
Lançadas de um bombardeiro ao amanhecer, as cápsulas acionavam um paraquedas em pleno voo e se abriam para liberar os morcegos, que então se dispersavam e se empoleiravam em beirais e sótãos em um raio de 32 a 64 km.
Os incendiários, que eram ajustados em temporizadores, então acendiam e iniciavam incêndios em locais inacessíveis nas construções em grande parte de madeira e papel das cidades japonesas que eram o alvo pretendido da arma.
O plano foi posteriormente aprovado pelo presidente Roosevelt e a Marinha dos Estados Unidos assumiu o controle em agosto de 1943, usando o codinome Projeto Raio X.
Uma série de testes para responder a várias questões operacionais foram conduzidas. Em um incidente, a Base Aérea Auxiliar do Aeródromo do Exército de Carlsbad, Novo México, foi incendiada em 15 de maio de 1943, quando morcegos armados foram soltos acidentalmente. Os morcegos empoleiraram-se sob um tanque de combustível e incineraram o campo de teste.
Após esse revés, o projeto mudou de mãos em mãos até chegar a Estação Aérea do Corpo de Fuzileiros Navais em El Centro, Califórnia.
Após vários experimentos e ajustes operacionais, o teste definitivo foi realizado na "Vila Japonesa", uma maquete de uma cidade japonesa construída pelo Serviço de Guerra Química em seu local de testes.
O observador do Comitê de Pesquisa de Defesa Nacional declarou "os raios X" eram uma arma eficaz, o problema é que muitos morcegos despencavam do céu como pedras devido ao peso das bombas incendiárias.
O programa foi enfim cancelado porque não estaria pronto para o combate até meados de 1945. Naquela época, estimava-se que US$ 2 milhões (equivalente a US$ 35 milhões hoje) haviam sido gastos no projeto.
Acredita-se que o desenvolvimento da bomba-de-morcego estava avançando muito lentamente e foi ultrapassado na corrida por um fim rápido à guerra pelo projeto da bomba atômica.
Lytle S. Adams sustentou que as bombas-de-morcego teriam sido eficazes sem os efeitos devastadores da bomba atômica:
- "Pense em milhares de incêndios irrompendo simultaneamente em um círculo de 64 km de diâmetro para cada bomba lançada. O Japão poderia ter sido devastado, ainda que com pouca perda de vidas."
O MDig precisa de sua ajuda.
Por favor, apóie o MDig com o valor que você puder e isso leva apenas um minuto. Obrigado!
Meios de fazer a sua contribuição:
- Faça um doação pelo Paypal clicando no seguinte link: Apoiar o MDig.
- Seja nosso patrão no Patreon clicando no seguinte link: Patreon do MDig.
- Pix MDig: 461.396.566-72 ou luisaocs@gmail.com
- Depósito direto em conta corrente do Banco do Brasil: Agência: 3543-2 / Conta corrente: 17364-9
- Depósito direto em conta corrente da Caixa Econômica: Agência: 1637 / Conta corrente: 000835148057-4 / Operação: 1288
Faça o seu comentário
Comentários