A biblioteca mais antiga da Hungria corre para resgatar livros de besouros famintos

Bibliotecas normalmente são santuários de calma e tranquilidade, mas uma instituição histórica na Hungria foi lançada no caos por uma horda destrutiva de hóspedes indesejados: besouros comedores de livros. O estabelecimento em questão é a Abadia de Pannonhalma. O mosteiro beneditino existe há um milênio e abriga algumas das coleções de livros mais antigas do país e os documentos escritos mais importantes. Foi até declarado Patrimônio Mundial da UNESCO por sua importância histórica e cultural.

Recentemente, funcionários expressaram preocupação com o estado do prédio ao notarem camadas anormais de poeira e pequenos buracos nos livros. Ao abrirem os volumes, os funcionários puderam ver onde pequenos besouros-da-farmácia (Stegobium paniceum), haviam roído as páginas.

Esses insetos marrons normalmente preferem mastigar alimentos secos, como grãos, sementes e farinha. Dito isso, eles também se alimentam de materiais não alimentícios, incluindo couro, lã, cabelo, medicamentos (daí o nome) e, claro, livros.

Os adesivos à base de gelatina e amido presentes nos livros são o que realmente desperta o apetite deles. Até agora, os besouros-de-farmácia foram encontrados em uma seção da Abadia de Pannonhalma que abriga cerca de um quarto do inventário da biblioteca.

Agora, os restauradores correm para exterminar os insetos da abadia e salvar o máximo de livros possível. Eles precisam transferir cerca de 100.000 volumes encadernados à mão para caixas, que depois serão transferidas para sacos cheios de nitrogênio, onde permanecerão por seis semanas.

Após esse período, cada livro precisará ser aspirado e inspecionado em busca de insetos antes de ser recolocado na prateleira. Os livros danificados serão reservados para futuras restaurações.