![]() | O cão-da-pradaria é um animalzinho desconhecido dos brasileiros, talvez porque~as 5 espécies sejam nativos das regiões de prado da América do Norte. Mas porque "cão" se eles são roedores da mesma família dos esquilos e do nosso serelepe e caxinguelês? A confusão no nome surgiu com os primeiros exploradores europeus na América do Norte, que notaram a vocalização de alarme do animal e a compararam a um latido, daí o nome em inglês " |

Seu "latido" é parte de um sistema de comunicação complexo, usado para alertar outros membros da colônia sobre a presença de predadores, como águias, coiotes e raposas.
Embora sejam da família dos esquilos, eles têm uma aparência diferente dos esquilos-arbóreos. São mais robustos, com pernas curtas e cauda menor, adaptados para viver em tocas, grandes colônias subterrâneas apelidadas de "cidades".
Um dos mais comuns deles, o cão-da-pradaria-de-cauda-preta (Cynomys ludovicianus) pode ser encontrado nas grandes planícies, desde a fronteira dos Estados Unidos com o Canadá até a fronteira dos Estados Unidos com o México.
Ele Vive em extensas colônias compostas por dezenas de famílias, cada uma com um macho dominante, várias fêmeas e seus filhotes. Em maio, seus filhotes de seis semanas dão os primeiros passos acima do solo. Gramíneas e outras plantas da pradaria fornecem todo o alimento e umidade que esses herbívoros precisam.
Mas alimentar-se no terreno aberto traz riscos. Suas tocas oferecem uma fuga de aves de rapina e coiotes. Mas não oferecem proteção contra um dos caçadores mais persistentes das pradarias: a cobra-touro, A cobra-touro (Pituophis catenifer sayi), uma enorme e não venenosa cobra-gopher, conhecida por sua capacidade de inflar o pescoço e sibilar como um touro quando se sente ameaçada.
Como um cão-da-pradaria pode proteger seus filhotes e sua família de uma constritora roedora que pode se infiltrar em suas tocas? A colônia sempre permanece em alerta máximo, mas será que isso é suficiente?
O vídeo da BBC, um clipe da série "Wild Mexico", que ilustra este post, mostra como a comunicação e ser um incômodo constante podem afastar predadores perigosos da família e da comunidade, mesmo quando você é um alvo solitário vulnerável.
Quando um cão-da-pradaria encontra uma cobra-touro, ele usa uma série de chamados de alarme e um assédio coordenado, como um "pula-iupi" e batidas com as patas, para afugentar a cobra.
Se a cobra não recuar, vários cães-da-pradaria podem atacá-la, às vezes mordendo e até enterrando a cobra viva para neutralizar a ameaça à colônia.
No entanto, apesar de seu aspecto ameaçador, imitando uma cascavel, sibilando alto, vibrando a cauda rapidamente contra o solo, e até mesmo inflando a cabeça, é tudo encenação, pois a cobra-touro é geralmente inofensiva.
Se ela tiver a chance de fazer um lanchinho, fará; do contrário, vai embora incomodar outro bicho. Embora essa exibição possa ser intimidante, não é um sinal de agressão, mas sim um mecanismo de defesa para evitar um confronto. Raramente mordem, a menos que sejam severamente provocadas.
Com manuseio consistente e suave, as cobras-touro em cativeiro geralmente se tornam dóceis e calmas. Mas apesar de poderem ser domesticadas, seu comportamento mais agitado e sua natureza assustadiça as tornam uma escolha menos recomendada para iniciantes na criação de serpentes.
Os cães-da-pradaria vivem em tocas subterrâneas, extensas tocas de túneis e câmaras marcadas por muitos montes de terra compactada em suas entradas superficiais.
As tocas possuem berçários, dormitórios e até banheiros definidos. Elas também possuem postos de escuta próximos às saídas, para que os animais possam monitorar com segurança os movimentos dos predadores do lado de fora. Os cães-da-pradaria passam muito tempo construindo e reconstruindo essas moradias.
Segundo reportagem da Nat Geo de 2010, a maior "cidade" de cães-da-pradaria registrada cobria cerca de absurdos 63.000 quilômetros quadrados. Essa cidade do Texas abrigava talvez quatrocentos milhões de cães-da-pradaria.
Grande parte das Grandes Planícies foi convertida em áreas de agricultura ou pastagem, e infelizmente os cães-da-pradaria não costumam ser bem-vindos nesses locais. Devido ao seu paisagismo destrutivo, eles são frequentemente mortos como pragas.
Só para se ter uma ideia, durante o século XX, cerca de 98% de todos os cães-da-pradaria foram exterminados, e sua área de distribuição posteriormente diminuiu para talvez 5% de sua distribuição histórica.
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