![]() | Há 66 milhões de anos, perto do que hoje é a Península de Yucatán, no México um jovem saurópode se banqueteava com cavalinhas na margem de um rio. A Terra era um planeta tropical, onde gigantescos dinossauros e pequenos animais vagavam de um lado para o outro, enquanto répteis e amonites, que ocupavam o nicho ecológico das atuais lulas, com tentáculos varriam seus mares. Mas, em um instante, tudo mudaria. Um asteroide com cerca de 12 quilômetros de diâmetro estava se aproximando da Terra a aproximadamente 20 quilômetros por segundo. |

Do ponto onde o saurópode estava, não haveria nenhum sinal de alerta. O asteroide atravessou a atmosfera da Terra em questão de segundos e atingiu a plataforma continental submersa de Yucatán.
Com o impacto, explodiu, criando instantaneamente um buraco de 100 quilômetros de largura e ejetando rochas sedimentares e cristalinas. Em poucos minutos, a cratera de impacto, hoje conhecida como Chicxulub, começou a colapsar para dentro.
Enquanto isso, a base ricocheteou cerca de 20 quilômetros acima da superfície da Terra, depois caiu novamente e se moveu para fora, criando um anel de montanhas.
Estima-se que a energia liberada pelo impacto do asteroide tenha sido bilhões de vezes maior que a de uma bomba nuclear. A força enviou energia sísmica por todo o planeta com uma magnitude muito maior do que qualquer terremoto que uma falha tectônica pudesse produzir.
Deslizamentos de terra massivos se seguiram. E um tsunami surgiu da cratera recém-formada, podendo atingir 1.500 metros de altura.
Inúmeras vidas foram extintas. Algumas instantaneamente: toda a vida em um raio de 1.500 quilômetros do local do impacto foi incinerada; outras logo em seguida: por ondas colossais, deslizamentos de terra e ventos com força de furacão.
Mas muitos organismos em todo o planeta sobreviveram.O que aconteceu a seguir foi o que traria o fim para muitas espécies, incluindo quase todos os dinossauros.
Este foi apenas o começo de um dos períodos mais devastadores da história da vida na Terra. Quando o asteroide atingiu a Terra, lançou centenas de gigatoneladas de calcário rico em dióxido de carbono e sedimentos saturados de enxofre na atmosfera.
O enxofre combinou-se com o vapor de água para criar aerossóis de sulfato.
Essa pluma de poeira de calcário, fuligem e aerossóis de sulfato espalhou-se do local do impacto a vários quilômetros por segundo, cobrindo o globo em questão de horas.
Acredita-se que tenha bloqueado o Sol, mergulhando a Terra em um longo período de escuridão e reduzindo a temperatura em muitos lugares em pelo menos 25°C.
O impacto imediato do asteroide foi devastador, mas parece ter sido a rápida mudança climática que ele desencadeou que pôs fim ao reinado de aproximadamente 165 milhões de anos dos dinossauros.
Plantas e plâncton morreram rapidamente, causando o colapso das cadeias alimentares em todo o mundo. Estima-se que 75% da vida na Terra tenha sido extinta, incluindo quase todos os dinossauros.
Pequenas aves foram as únicas que sobreviveram, talvez por dependerem de sementes resistentes que suportaram a catástrofe. Não está claro exatamente por que as formas de vida que sobreviveram à extinção o fizeram.
Muitos organismos menores, como insetos, persistiram. O mesmo aconteceu com os primeiros mamíferos, talvez por sua capacidade de cavar tocas e hibernar.
E formas de vida fotossintéticas, como algas, que tinham maneiras de suportar condições de baixa luminosidade, também sobreviveram.
Vestígios do asteroide espalhados pelo mundo e a cicatriz da cratera de Chicxulub atestam esse período de destruição monumental. Então, quais são as chances de outro Chicxulub acontecer?
Programas espaciais estão continuamente identificando e rastreando asteroides próximos da Terra.
Felizmente, a probabilidade de um asteroide tão grande e catastrófico atingir a Terra nos próximos mil anos parece ser pequena, algo como uma chance de 7 em um milhão.
No entanto, estamos enfrentando as consequências de outro tipo de mudança climática acelerada, desta vez devido às próprias emissões da humanidade.
Os animais estão entrando em extinção mais rapidamente do que nunca em nossa história, e as pessoas estão sendo deslocadas de suas casas.
Mas, ao contrário dos dinossauros, temos a oportunidade de evitar a devastação em larga escala que ocorrerá se os governos continuarem com o status quo.
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