A engenheira, professora e política venezuelana María Corina Machado Parisca foi escolhida para o Prêmio Nobel da Paz 2025. O prêmio será entregue em uma cerimônia no dia 10 de dezembro de 2025 em Oslo. O Comitê Norueguês do Nobel elogiou-a como "um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos". Entre os prêmios de maior prestígio do mundo, este homenageou algumas das figuras e organizações internacionais mais célebres e reverenciadas da história. Mas você sabe como ele é atribuído?

Imagine que estamos em 1935 e você é um agrônomo soviético. Mas não é qualquer agrônomo. Você é o fundador e chefe da Academia Lenin de Ciências Agrícolas da União Soviética. E, entre suas muitas realizações, sua pesquisa o levou a propor que certas cultivos, como o centeio, que ajudava a alimentar seus companheiros, foram basicamente um acidente. Os humanos não as domesticaram. Graças à evolução, elas se domesticaram por si só. Ah, e qual a recompensa por todo o seu trabalho duro? Você acabou de perder o emprego.

Há milhares de anos, os romanos inventaram um material que lhes permitiu construir grande parte de sua vasta civilização. Plínio, o Velho, elogiou um imponente muro de contenção feito com esse material, dizendo que era "inexpugnável às ondas e cada vez mais forte", se referindo à sua notável capacidade de formar estruturas duráveis e em constante aperfeiçoamento. Ele estava certo: grande parte dessa construção ainda está de pé na atualidade, tendo sobrevivido a milênios de agressões por forças ambientais que derrubariam edifícios modernos.

O algodão (Gossypium sp.) é um material onipresente devido à sua combinação excepcional de maciez, conforto, resistência e absorção, tornando-o ideal para uma ampla gama de produtos, desde vestuário a cédulas e usos industriais. Sua respirabilidade natural e capacidade de regular a temperatura o tornam confortável em diversos climas, e sua fácil tingibilidade permite sua ampla adoção na moda e nos têxteis. A estrutura biológica única da fibra também contribui para sua durabilidade e versatilidade, reconhecidas e utilizadas há milênios.

Se você se considera uma pessoa curiosa, às vezes, pode se maravilhar com a quantidade de coisas com as quais interage diariamente sem pensar duas vezes. Um desses exemplos é o cabelo de milho. Ao retirar a palha da espiga ainda não granada você irá notar que os fios de seda parecem muito mais com pelos finos enraizados e crescendo diretamente da espiga, visivelmente diferentes dos fios de seda pegajosos, mas aparentemente soltos, de espigas adultas. Por que isso acontece?

O Jesus histórico provavelmente tinha os olhos e a pele castanhos de outros judeus do primeiro século da Galileia, uma região do Israel bíblico. Mas ninguém sabe exatamente qual era a aparência de Jesus. Não há imagens conhecidas de Jesus durante sua vida, e embora os reis Saul e Davi, do Antigo Testamento, sejam explicitamente chamados de "altos e bonitos" na Bíblia, há poucos indícios da aparência de Jesus no Antigo ou no Novo Testamento. Como então Jesus se tornou este cara bonito, cabeludo, de olhos azuis?

As facas dos chefs japoneses são algumas das facas mais caras do mundo. Apenas uma faca produzida por um mestre cuteleiro de Echizen, no Japão, pode custar em torno de 4.500 reais. Echizen é a Meca da fabricação de facas japonesas por centenas de anos e hoje é onde muitos artesãos passam décadas aprendendo a fazer talheres de alta qualidade. Ali os armários passam mais de 10 anos aprendendo como martelar, afiar e polir adequadamente cada lâmina. As facas são usadas em muitos dos melhores restaurantes do mundo, mas será que estas facas realmente valem seu preço?

A Torre Inclinada de Pisa existe, em sua forma distinta, há seis séculos e meio. Mas nem sempre se inclinou no mesmo ângulo: para obter a visão mais dramática, a melhor época para vê-lo foi no início da década de 1990, quando a sua inclinação atingiu 5,5 graus. É verdade que nessa altura -quando, segundo alguns cálculos, a torre já não deveria estar de pé- estava fechada ao público, presumivelmente devido ao receio de que o peso do turismo a empurrasse para o ponto de inflexão. O colapso da Torre Cívica de Pavia, do século XI, em 1989, também teve algo a ver com isso, matando quatro pessoas e ferindo quinze no processo.

A esta altura, você provavelmente já ouviu falar que a inteligência artificial pode ser realmente perigosa e possivelmente acabar com a civilização ao se tornar superinteligente e sair do controle. Você fica com a pulga atrás da orelha quando descobre que nomes como Alan Turing, o psicólogo Geoffrey Hinton, Elon Musk, Sam Altman, Bill Gates e Stephen Hawking, só para citar alguns, endossam a tese de que a IA representa um risco existencial, e que esse risco precisa de muito mais atenção do que recebe atualmente, despertando a perplexidade dos céticos.

Uma das poucas coisas irritantes de preparar uma refeição é ver a comida grudada no fundo da panela de alumínio ou de inox. Lógico que deixar a panela de molho na água depois resolve, mas mesmo assim é muito chato. Se você gosta de lidar com cozinha já deve ter passado pela experiência de ver um ovo grudar na frigideira ou de então, na tentativa de virar uma omelete, preparar ovos mexidos. Só o santo teflon para evitar estas situações verdadeiramente broxantes que fazem com que até percamos a vontade de comer.

Quando o Visualphone VP210 chegou ao mercado em 1999, ele anunciava um recurso nunca antes visto: uma câmera. Com apenas 0,11 megapixels e armazenamento para 20 fotos, o Visualphone é uma relíquia em comparação com os dispositivos modernos que possuem três câmeras distintas, cada uma com até 100 vezes mais resolução. Mas, embora essa tecnologia tenha melhorado drasticamente no século XXI, os engenheiros estão rapidamente se aproximando de um limite rígido na qualidade das câmeras dos celulares.

A óptica, ou o aprimoramento da nossa visão natural, foi um dos maiores catalisadores da ciência nos últimos 500 anos. Curiosamente, não foi o interesse científico, mas questões mais práticas que levaram aos avanços iniciais na óptica, começando por volta de 1440, quando Johannes Gutenberg inventou sua prensa tipográfica. Em pouco tempo, livros, que antes eram uma raridade, se tornaram um fenômeno popular. Todo esse novo material significava que mais conhecimento estava circulando, mas também que mais pessoas estavam forçando os olhos, provavelmente ao ler à luz de velas.