![]() | Conhece-se como Trégua de Natal a um breve o armistício não oficial que ocorreu entre o Império Alemão e as tropas britânicas estacionadas na frente ocidental da Primeira Guerra Mundial durante o Natal de 1914. A trégua começou na véspera da Natal, quando as tropas alemãs começaram a decorar suas trincheiras, depois continuaram com sua celebração cantando cantigas natalinas, especificamente Stille Nacht (Noite Feliz). As tropas britânicas nas trincheiras ao outro lado responderam então com a mesma em inglês. |

Ambos lados continuaram a troca gritando saudações de Natal uns aos outros. Logo o local se tornou terra de ninguém, onde pequenos presentes foram trocados: uísque, cigarros e até guirlandas. A artilharia nessa região permaneceu silenciosa naquela noite. A trégua também permitiu que os mortos recentes fossem recolhidos detrás das linhas inimigas e enterrados. Durante as 24 horas realizaram funerais com soldados de ambos lados do conflito chorando as perdas e juntos oferecendo seu respeito.
O incrível do fato é que trégua informal propagou-se para outras áreas, e há muitas histórias -algumas possivelmente apócrifas- de partidas de futebol entre as forças inimigas. Há cartas que confirmam que o resultado de um desses jogos foi 3 a 2 a favor da Alemanha.
Em muitos setores a trégua só durou essa noite, mas em algumas áreas durou até o ano novo, e inclusive até o mês de fevereiro.
Nos anos subsequentes ordenaram bombardeios de artilharia na véspera da festividade para assegurar-se de que não houvesse mais tanto congraçamento no meio do combate. Ainda assim as tropas frontais eram trocadas regularmente para evitar que se familiarizassem muito com o inimigo. Apesar de todas essas medidas ainda aconteceram encontros amigáveis entre soldados, mas em uma escala muito menor que a dos encontros do ano anterior.

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Em 2014, a rede de supermercados Sainsbury, do Reino Unido, contou a comovente história da trégua em um comercial.
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Comentários
"O problema é que qualquer um que chegar ao poder, sempre será igual à todos que chegam ao poder..."
Nem sempre, Maria... o Gorbachev, ao menos, não foi assim...
"Todas as guerras são infantis e desencadeadas por crianças."
Hermann Melville
Já conhecia essa estória por causa do video
Paul Mccartney - Pipes Of Piece
Tem no youtube, claro
Os soldados estão lá por obrigação. Se pudessem, a grande maioria preferia não etar lá matando ou sendo morto, pela ganância e demência de seus governantes.
a foto 16 e tirada de um film. nao e de epoca.
Felizmente, atitudes como esta relatada acima são a prova de que tal forma de aglutinação faz parte de um sério estado de exceção. A via de regra é ser bem menos desumano, cruel, odiável, odioso... ainda hoje somos seres sociais. O resto é só fruto de circunstâncias.
Luke, você foi o primeiro a falar e, na minha opinião, acertou na mosca. Parabéns! Esta é uma questão ética que ainda não se resolveu até hoje. O mecanismo é o mesmo que controla a lealdade de um filiado de partido político, seguidor leigo de uma religião, ou capanga de uma máfia qualquer (PCC, por exemplo). O conceito de lealdade é propositalmente confundido com cumplicidade; e a defesa cega das lideranças é movida pela confusão entre o líder e a instituição que ele representa. Isto vale para setores conservadores e as ditas "vanguardas". Para muito petista de carteirinha, por exemplo, negar a participação óbvia do Zé Dirceu no mensalão é uma obrigação cívica. Acusá-lo é ferir a imagem do partido, ao invés de ser uma premissa para defender a instituição. Criticar ou denunciar um policial corrupto é ferir toda a corporação. Denunciar o Governador é o mesmo que manchar seu partido ou o próprio Estado. E por aí vai. Não superamos esta falácia ainda hoje.
Os tempos mudaram.
Imediatamente me lembrei do link. 2V
Dá o que pensar.
Depois fizeram aquelas cantigas de guerra em que trocavam o nome do país por repolho e pepino em conserva. Outra, do lado dos alemães e austríacos vivia dizendo que era melhor a morte do que o cheiro de um inglês.
Ai meu amigo, ai deu merda.
Conhecia uma outra história.
Esta: http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=25811
O problema é que qualquer um que chegar ao poder, sempre será igual à todos que chegam ao poder...
Soldados... lutam por uma guerra que não é realmente deles.
Por que servir a um país significa servir a quem o controla, e principalmente, ser fiel às vontades deste governante?
Ah, que saudade dos tempos em que havia pessoas dispostas a cortar a cabeça do rei em prol da nação....