![]() | Hoje em dia, a maioria dos estúdios de cinema depende de CGI e telas verdes, seja integralmente ou como complemento, para realizar acrobacias ambiciosas. A tecnologia, é claro, nem sempre foi avançada o suficiente para tais ilusões imersivas, e ainda assim os filmes do início do século XX ainda conseguiam apresentar efeitos cinematográficos espetaculares. Dizem que um mágico nunca deve revelar seus truques, mas um vídeo recente do canal Lost in Time no YouTube faz exatamente isso. |

O vídeo cataloga como lendas de Hollywood como Charlie Chaplin, Buster Keaton e Harold Lloyd criaram atos deslumbrantes de ousadia nas telas de cinema da década de 1920.
Como uma homenagem à engenhosidade técnica, o vídeo justapõe cenas reais de cada acrobacia do filme com animações em 3D, oferecendo uma análise dos bastidores de como elas foram realizadas.
O vídeo começa com "Bancando o Águia" de 1924, em que Buster Keaton mergulha em uma maleta pendurada no pescoço de um homem durante uma cena de perseguição. Assim que o homem se afasta de seu poleiro perto de uma parede de madeira, com sua maleta ainda agarrada ao peito, Keaton desaparece, em lugar nenhum.
Mesmo agora, o truque visual é desconcertante, pois a solução é inovadora: o homem estava apoiando os pés em um suporte escondido atrás da parede e segurando duas alças abaixo dele, com apenas a cabeça para fora. Um alçapão também havia sido esculpido na parede, o que permitiu que Keaton aparentemente pulasse através da maleta.
No filme ""O Homem Mosca" de 1923, estrelado por Harold Lloyd, há um momento em que o ator escala o Edifício Bolton, em Los Angeles, e, na tentativa de não cair, balança perigosamente no ponteiro de um enorme relógio montado no prédio.
Abaixo dele, há carros, pedestres, concreto e, o mais alarmante, dezenas de metros de vazio. Lloyd estava, de fato, pendurado acima das ruas de Los Angeles, mas da segurança de um telhado. Lá, a equipe de filmagem produziu um cenário completo da fachada de um prédio e de uma torre de câmera para manter um ângulo convincente. Se algo desse errado, Lloyd teria caído diretamente em um colchão, não muito abaixo dele.
Quanto a Charlie Chaplin, o vídeo foca em "Tempos Modernos", em que o personagem do ator consegue um emprego como vigia noturno em uma loja de departamentos. Ele encontra um par de patins e, em um esforço para impressionar a garota que trouxe consigo, patina com os olhos vendados, sem notar o corrimão quebrado e a saliência íngreme ao lado dele.
Aqui, não há queda mortal, mas sim uma "pintura fosca", uma técnica que cria a ilusão de um ambiente que não está realmente presente no local de filmagem. Se afastássemos o zoom, descobriríamos uma placa de vidro na frente da câmera, onde a equipe pintou o chão abaixo.
- “Mesmo com toda a tecnologia que temos hoje, ainda é difícil acreditar no que essas lendas fizeram um século atrás", conclui Lost in Time. - "Eles não tinham efeitos visuais para se apoiar. Cada acrobacia era real. Cada risco era real. E talvez seja por isso que, 100 anos depois, ainda prendemos a respiração assistindo a eles."
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