Em um artigo de 2021, falávamos como no rescaldo da passagem do furacão Maria por Porto Rico, o primeiro furacão de categoria 4 a atingir a ilha em quase 85 anos, uma comunidade de moradores saiu praticamente ilesa: cerca de 1.500 macacos-rhesus (Macaca mulatta) que vivem a 1,6 km da costa leste de Porto Rico, na ilha Cayo Santiago, conhecida como Ilha dos Macacos. Os pesquisadores que estudam esses macacos pensaram que retornariam a um cenário de caos e tragédia em massa, mas apenas dois macacos morreram durante a tempestade.

Em 1796, o polímata terceiro presidente dos Estados Unidos, Thomas Jefferson recebeu uma caixa de ossos que não conseguiu identificar. Uma garra longa e afiada o lembrou de um leão, mas os ossos do braço sugeriram um animal maior, com cerca de três metros de comprimento. Pensando que poderia ser uma enorme espécie desconhecida de leão norte-americano, Thomas alertou os exploradores e expedicionário Lewis e Clark para ficarem de olho nesse predador misterioso.

A música pode frequentemente despertar emoções fortes em nós, mas há evidências que sugerem que alguns animais podem sentir algo semelhante ao ouvi-la. O pianista de concerto com formação clássica Paul Barton mudou-se para a Tailândia para dar aulas, mas logo descobriu nos elefantes um público surpreendente e grato. Agora, ele toca com frequência para elefantes cegos e negligenciados no Mundo dos Elefantes, um santuário de resgate em Kanchanaburi, a cerca de 130km de Bangkok.

Com seus movimentos velozes e plumagem joia, os beija-flores parecem um híbrido de carne, penas e fogos de artifício. As asas de algumas espécies batem até cem vezes por segundo. Sua frequência cardíaca pode ultrapassar mil batimentos por minuto, e eles engolem o néctar com um movimento quase invisível da língua. Em jardins ou em comedouros de quintal, eles são a definição de beleza passageira. Então, quem resistiria à tentação de desacelerar seus movimentos, dissecá-los, mesmo que brevemente, o mundo dos beija-flores?

Os psitacídeos podem arrancar suas próprias penas por vários motivos, incluindo problemas médicos, fatores psicológicos e gatilhos ambientais. Esses motivos podem variar de infecções de pele, alergias e deficiências nutricionais até tédio, estresse e desconforto no ambiente. Um dos maiores gatilhos ambientais para as cacatuas é o tamanho ou condições inadequadas da gaiola, de fato,a própria gaiola por si só pode desencadear problemas comportamentais.

Pesquisadores que montaram uma armadilha fotográfica para estudar o comportamento das aves na Floresta Amazônica do Peru não acreditaram no que viram quando capturaram imagens misteriosas de jaguatiricas e gambás -predadores e presas naturais- aparentemente curtindo a companhia uns dos outros. A inesperada amizade animal é a primeira evidência conhecida de uma jaguatirica, um gato selvagem de médio porte, e um gambá, um marsupial, simplesmente saindo juntos, como dois velhos amigos voltando para casa de um bar.

Gatos assilvestrados geralmente não são adotáveis como animais de estimação porque eles não são socializados com humanos e preferem viver ao ar livre. Eles têm medo de humanos e não têm o temperamento necessário para uma vida doméstica bem-sucedida em ambientes fechados. Embora filhotes ferais possam, às vezes, ser socializados e adotados, gatos adultos costumam ser mais felizes e seguros vivendo ao ar livre, com mínima ou nenhuma interação humana. Eles não foram socializados com humanos e são naturalmente cautelosos e medrosos.

Em 1834, o navio da Marinha Real Britânica, o Chanticleer, estava lidando com uma terrível infestação de baratas. O cirurgião do navio, no entanto, escreveu com entusiasmo sobre os clandestinos, descrevendo-os como um "inseto valiosíssimo". Sua característica marcante? Devorar todos os percevejos-de-cama a bordo, já que esta praga atormenta os humanos há milênios, tão detestados que sua simples menção pode fazer corações dispararem e braços coçarem.

Quantos canídeos selvagens você consegue nomear? Existem lobos, raposas e coiotes, e muitos outros cães selvagens na África. Os dingos são descendentes de cães domesticados que se tornaram selvagens novamente. Os cães domesticados vêm em uma variedade muito maior de tamanho, formas e temperamentos, mas todos eles são uma espécie (Canis familiaris). Eles são raças artificiais, descendentes do lobo-cinzento, embora haja uma raça recente desenvolvida a partir de raposas selvagens.

Os neandertais não viviam com filhotes. Mas o Homo sapiens o faz há milhares de anos. A proteção que lobos e cães forneciam aos primeiros humanos talvez tenha contribuído para o fato de termos prosperado e os neandertais, em última análise, não. Com seus olhos grandes e redondos, narizes de botão e cabeças grandes, os filhotes compartilham muitas das mesmas características físicas dos bebês humanos. E assim como bebês, gatinhos, e muitos personagens de desenhos animados, os filhotes provocam em nós uma "resposta fofa" automática.

Pensamos em galinhas como poedeiras irracionais, mas elas podem ser determinadas quando estão chocando. As galinhas que chocam só saem do ninho uma ou duas vezes por dia para comer, beber e defecar e nesse processo perdem um peso significativo nestas 3 semanas. Algumas podem até arrancar as próprias penas para construir o ninho. Mas o processo de reprodução, mesmo quando se baseia basicamente no instinto, é bastante complexo e surpreendente.

Eles podem estar entre os animais mais fofos do planeta, mas os petauros-do-açúcar (Petaurus breviceps) têm uma característica bastante sinistra e pouco conhecida. Eles recebem esse nome devido ao seu amor por alimentos doces, como néctar e seiva, mas na Tasmânia, onde são considerados uma espécie invasiva, os gambazinhos voadores reservam os néctares para a sobremesa e preferem outras delícias para a refeição principal: o papagaio-veloz (Lathamus discolor), uma ave criticamente ameaçadas de extinção.