Dizem que, apesar dos muitos conflitos da humanidade, todos temos o mesmo sangue. É uma bela forma de pensar, mas não muito correta. Na verdade, nosso sangue tem algumas variedades. Nossos glóbulos vermelhos contêm uma proteína chamada hemoglobina, que se liga ao oxigênio permitindo que eles o transportem pelo corpo. Mas eles também têm um outro tipo de proteína complexa do lado de fora da membrana celular. Essas proteínas, chamadas de antígenos, comunicam-se com os glóbulos brancos, células do sistema imunológico que previnem infecções.

Se você não pode imaginar a vida sem chocolate, tem sorte de não ter nascido antes do século 16. Até então, o chocolate só existia na Mesoamérica em uma forma completamente diferente da que conhecemos. Já em 1900 a.C., os povos daquela região tinham aprendido a preparar os grãos do cacaueiro nativo. Os primeiros registros nos dizem que os grãos eram moídos e misturados com farinha de milho e malagueta para criar uma bebida, não uma xícara de chocolate quente relaxante, mas uma mistura amarga, revigorante e espumante. E se você achava que damos muita importância ao chocolate hoje, os mesoamericanos nos passaram a perna.

Em japonês, "tewaza" significa "técnica manual" ou "artesanato" e, uma playlist do YouTube mostra 20 curtas-metragens onde várias técnicas artesanais são exploradas e demonstradas por mestres japoneses no campo. Para aqueles que são obcecados pela arte japonesa e por assistir coisas sendo feitas, esses vídeos são uma delícia. Há muito pouco falado, exceto algumas citações dos próprios criadores, e uma música suave toca sobre cenas de trabalhos manuais delicados, intrincados e confiantes.

Imagine uma noite em 1531, na cidade de Veneza. Na oficina de uma impressora, um aprendiz trabalha no layout de uma página destinada a um livro didático de astronomia: uma linha densa de tipos e uma ilustração em xilogravura de uma cabeça angelical observando formas se movendo pelo cosmos, representando um eclipse lunar. Como todos os aspectos da produção de livros no século XVI, é um processo demorado, mas que permite que o conhecimento se espalhe com uma velocidade sem precedentes naquele antanho.

Em 2011, a British Pathé tornou público em seu canal no Youtube todo o seu acervo de vídeos. Entre tanta coisa é possível destacar um filme mudo em preto e branco intitulado Eve's Wireless que mostra duas mulheres caminhando por uma rua (possivelmente de Nova Iorque) com um primitivo telefone móvel. A seguir, ligam (enrolam) o cabo do dispositivo a um hidrante e abrem uma sombrinha que funciona como antena. O surpreendente de tudo isso é que as imagens foram feitas em um longínquo ano de 1922.

Ela foi chamada de Hvaldimir, uma combinação peculiar de "hval", a palavra com que os noruegueses se referem às baleias, e "Vladimir", o nome do presidente da Federação Russa, o que dá uma ideia clara de que a beluga que não era apenas qualquer animal encontrado morto na costa sudoeste da Noruega no sábado. Desde que os pescadores o avistaram pela primeira vez perto da ilha de Ingøya, em 2019, Hvaldimir despertou a imaginação e as suspeitas dos noruegueses. O motivo: a suspeita, nunca confirmada, mas também nunca negada, de que o enorme cetáceo era na verdade um espião sob as ordens de Moscou.

Mila é uma gata Maine Coon que foi resgatada de um criador que também era um acumulador de animais. Ela parecia uma gata cansada, mas tinha apenas quatro anos. É o que acontece quando uma gata tem muitas ninhadas de gatinhos em tenra idade. Mila estava abaixo do peso e tinha dentes podres, e estava assustada com todas as mudanças que enfrentou quando Katie Cats Sims a acolheu. Levou muito tempo e amor, mas aquela gata magra, assustada e cansada se transformou em uma adorável rainha com pelo exuberante e um olhar de Maine Coon que encanta a todos.

O shōyu faz parte da culinária do leste da Ásia há mais de dois milênios. Os ingrediente continuam os mesmos: uma mistura de soja, cereal torrado, água e sal marinho, fermentado com microrganismos Aspergillus oryzae ou sojae, mas a forma de fazê-lo mudou muito desde então. Com o método tradicional pode demorar até quatro anos para fazer um lote de molho de soja envelhecido em barril. Este processo de fermentação natural foi a norma no Japão durante séculos, mas quando a industrialização varreu o país, quase todos os barris de madeira do país foram substituídos por barris de aço.

Um dragão de terra e pedra com 20 mil quilômetros serpenteia ao longo das províncias chinesas, com uma história tão longa e sinuosa quanto a sua estrutura. A Grande Muralha começou como múltiplas muralhas de terra prensada construídas por estados feudais individuais, durante o período Chunqiu como proteção contra invasores nômades do norte da China, e de uns contra os outros. Quando o imperador Qin Shi Huang unificou os estados em 221 a.C, o Planalto do Tibete e o Oceano Pacífico se tornaram barreiras naturais, mas as montanhas do norte ainda eram vulneráveis às invasões mongóis, turcas, e dos xiongnus.

A polêmica está servida em Portugal. Recentemente, o renomado linguista Fernando Venâncio publicou o livro "Assim Nasceu uma Língua" no qual defende que - "...dentro de algumas décadas, a língua falada no Brasil será chamada de brasileiro." São visões que talvez mexam com o orgulho do lusitano. Segundo Fernando, não há como voltar atrás, não há como travar este processo de separação entre portugueses e brasileiros, porque o Brasil, a principal ex-colônia portuguesa, fala um idioma que cada vez é mais diferente do português original, sobretudo se for levado em conta do português do Reino da Galiza.

O que a Revolução Francesa tem a ver com a vez em que a NASA acidentalmente destruiu uma nave de US$ 200 milhões na superfície de Marte? Na verdade, tudo. Aquele acidente aconteceu graças a um erro na conversão de dois sistemas de medida, as unidades usuais do Sistema Imperial nos EUA e suas equivalências do Sistema Internacional ou métricas. Então, qual a conexão com a Revolução Francesa? Vamos explicar. Na história da humanidade de que se tem registro, unidades como o peso de um grão ou a extensão de uma mão não eram exatas e variavam de local para local.

Juana Ramírez de Asbaje y Ramírez de Santillan sentou-se diante de um grupo de prestigiados teólogos, juristas e matemáticos. O vice-rei da Nova Espanha os convidara para testar o conhecimento da jovem, apresentando as perguntas mais difíceis que poderiam reunir. Mas Juana respondeu com sucesso a todos os desafios, de equações complicadas a perguntas filosóficas. Mais tarde, os observadores compararam a cena a "um galeão real que se defendia de algumas canoas". A mulher que enfrentou esse interrogatório nasceu em meados do século 17.