A aspirina realmente previne o infarto?

Depois de muito receber emails falando dos benefícios da aspirina frente a um ataque cardíaco, inclusive com um post da amiga Drielle no Amigos, resolvi pesquisar sobre o que há de verdade por trás desta possível campanha viral da Bayer.

A campanha diz que homens e mulheres da melhor idade deveriam tomar aspirinas diariamente para prevenir ataques do coração. Tais dados foram baseados na propriedade de que a aspirina dificultaria a formação de coágulos sanguíneos.

Quem fez tal afirmação foram os profissionais de pesquisa médica das Universidades de Nottingham e Sheffield (do Reino Unido) que analisaram o uso do remédio em quase 12 mil pacientes homens com mais de 48 anos e mulheres com mais de 57, faixa de idade quando o risco de padecer da doença coronária passa a ser de 10%, e concluíram que eles poderiam se beneficiar com a ingestão deste medicamento.

Os ataques do coração ocorrem quando um coágulo bloqueia um vaso sanguíneo, mas a aspirina atuaria dificultando a formação destes coágulos.

E a não ser que alguém possa sofrer efeitos colaterais porque tem alguma condição, como uma úlcera estomacal, os benefícios superam amplamente às contra-indicações. Mas estes benefícios não devem ser aplicados para as pessoas com diabetes ou para aquelas com alto risco de sangramento. No popular: o medicamento é contra-indicado se você tem diabetes ou parentes com histórico da doença ou se você sangra em demasia com um pequeno corte.

Já a Fundação Britânica do Coração não concorda com a campanha e alerta que é necessário realizar mais pesquisas antes de recomendar seu uso.

Sob os padrões atuais de tratamentos com o medicamento, um médico deveria receitá-lo se a pessoa já sofreu um ataque ou teve algum outro problema cardíaco assim como também se o paciente sofre de alta pressão sanguínea o que poderia acarretar em risco de ter um ataque nos próximos anos.

De qualquer forma, o ponto comum entre todos os profissionais de medicina é que o a utilização do medicamento é, senão milagroso, uma opção bastante viável.

E mesmo tendo em conta estas informações, a decisão final sobre o uso de qualquer medicamento, incluso a aspirina, deve ser feita depois de uma consulta com o médico.

E o mais importante de tudo: Aspirina = AAS (ácido acetilsalisílico). A Bayer não precisa mais do dinheiro do terceiro mundo.

P.S.:
1 - Poucas vezes o ataque cardíacao vem acompanhado de uma dor no peito, ao contrário, quase sempre de uma dor no braço esquerdo ou no queixo. Se "Deus me livre" um dia isto ocorrer a você, pode até tomar 10 aspirinas, mas "pelamor de Deus" peça ajuda ou/e ligue antes para um médico ou serviço de emergência e NUNCA, nunca mesmo, provoque a tosse como recomendam a maioria dos PPS's e e-mails que rodam a rede. Nenhum médico ou organização corrobora esta informação.

2 - Como regra básica, quando você receber uma mensagem de origem desconhecida que referencie questões ou procedimentos de saúde a atitude mais acertada e prudentre é conversar com o seu médico e pedir a opinião dele.

3 - Se alguém for profissional de medicina que conheça o assunto poderia, por favor, ajudar a dar uma resposta para o Nelson de Angola no tópico da Elefantíase.