A impressionante arte resultante do cultivo de microrganismos em placas de Petri

A artista e entusiasta de moldes de Moscou, Daria Fedorova, intervém nos processos de decomposição natural, acentuando texturas e cores e expandindo os limites da ciência e da arte. A artista, que trabalha como Dasha Plesen, assenta placas de Petri com várias bactérias e outros organismos antes de colocar elementos extras como bolas fofas, açúcares e granulados no recipiente. Esses acréscimos manufaturados impedem os crescimentos de produzir uma miríade de sombras e estruturas e cultivam composições sobrenaturais de cores saturadas de forma não natural, manchas de penugem e espirais de lodo queimadas, tudo dentro de um único recipiente.

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Abandonando os antibióticos ou outros tratamentos que salvariam os fungos e esporos da ruína, os trabalhos de Dasha demoram entre três e quatro semanas para se materializar. Ela diz que o projeto em andamento começou com a ideia do mapeamento microbiológico do seu entorno:

- "Estamos todos nadando no oceano de minúsculos esporos e organismos, respirando-os e carregando-os no topo da pele e dentro do corpo. Fiquei interessada nesse paralelo entre o mundo físico que podemos ver e tocar e também outro mundo físico, que também se apresenta, mas é meio metafísico, invisível, em algum lugar entre as camadas de ar, vibrações, energias, natureza."

Seja exibindo fileiras empilhadas de esporos ou uma borda espumosa, os estudos resultantes estão repletos de questões sobre a imposição humana, os processos artificiais e cíclicos e a beleza inerente da decomposição. Explore uma coleção maior de trabalhos de Dasha no Behance e no Instagram.

Ainda que a arte de Dasha pareça inovadora, não é. Os microbiologistas criam arte impressionante usando patógenos. Eles misturam microrganismos com ágar, uma substância gelatinosa de algas marinhas, para criar ilustrações incríveis em placas de Petri. Há até mesmo um concurso de arte em Agar, realizado pela Sociedade Americana de Microbiologia.

A difeença é que a arte com ágar resulta no desenho traçado pelos biólogos em uma placa, enquanto a que da artista russa encontra sua beleza e plasticidade no caos.

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